ATA DA QÜINQUAGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 28-06-2002.

 

 


Aos vinte e oito dias do mês de junho de dois mil e dois, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e quinze minutos, foi efetuada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Carlos Alberto Garcia, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Maristela Maffei, Raul Carrion, Juvenal Ferreira e Mauro Zacher. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Almerindo Filho, Antonio Hohlfeldt, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Fernando Záchia, Isaac Ainhorn, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Valdir Caetano, Zé Valdir e Berna Menezes. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias da Ata da Qüinquagésima Segunda Sessão Ordinária, que deixou de ser votada face à inexistência de quórum deliberativo. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador João Antonio Dib, os Pedidos de Informações nºs 161 e 162/02 (Processos nºs 2296 e 2298/02, respectivamente); pelo Vereador João Carlos Nedel, 42 Pedidos de Providências. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nºs 400, 418 e 419/02, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre. A seguir, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o transcurso do primeiro aniversário de fundação do jornal O Sul, nos termos do Requerimento nº 027/02 (Processo nº 0709/02), de autoria do Vereador Cassiá Carpes. Compuseram a Mesa: o Vereador Carlos Alberto Garcia, 1º Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, presidindo os trabalhos; o jornalista Paulo Sérgio Pinto, Vice-Presidente da Rede Pampa de Comunicação; o Senhor Rafael Gadret, Diretor do jornal O Sul. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Cassiá Carpes, discorrendo sobre as características do jornal O Sul, salientou, entre elas, a imparcialidade e a independência jornalística. Ainda, destacou a atualidade da edição dominical, a visão abrangente das notícias locais e internacionais, o projeto gráfico que permite a impressão de fotografias coloridas em todas suas páginas e o quadro funcional e equipe de jornalistas do jornal O Sul. O Vereador Adeli Sell, saudando o Vereador Cassiá Carpes pela iniciativa em propor a presente homenagem, parabenizou os dirigentes, a equipe de jornalistas e de funcionários do jornal O Sul. Também, afirmando tratar-se de distintivo da empresa o caráter de imprensa independente, destacou o enfoque variado na abordagem dos temas, bem como a eficácia alcançada através da forma adotada e do uso de imagens coloridas. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Valdir Caetano, parabenizando os diretores, editores, jornalistas e equipe de funcionários do jornal O Sul, congratulou o Vereador Cassiá Carpes pela iniciativa desta homenagem. Ainda, destacou o trabalho diferenciado que vem sendo praticado por essa empresa, a inovação no projeto gráfico e a abrangência de enfoques e matérias publicados nesse veículo de comunicação. Em COMUNICAÇÕES, a Vereadora Maristela Maffei, discorrendo sobre o tema "liberdade de imprensa e de expressão", saudou a direção e equipe de jornalistas e funcionários que integram o jornal O Sul. Também, analisando o papel dos meios de comunicação e a problemática relativa à condição de formadores de opinião inerentes a esses meios, ressaltou o trabalho realizado pelo diário e parabenizou o Vereador Cassiá Carpes pela iniciativa. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou o transcurso, amanhã, do aniversário do Vereador Pedro Américo Leal. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Pedro Américo Leal, discorrendo sobre a história e trajetória de familiares dos diretores do jornal O Sul, destacou o espírito empreendedor dos mesmos. Ainda, parabenizou o Vereador Cassiá Carpes pela iniciativa em homenagear o jornal O Sul pela passagem de seu primeiro ano de existência, evidenciou a forma colorida adotada pelo jornal e destacou o alcance de público conquistado por esse periódico. O Vereador Raul Carrion, parabenizando os diretores, jornalistas e funcionários do jornal O Sul, destacou a qualidade do projeto gráfico do jornal, o respeito à pluralidade no tratamento dos temas pelo jornal e a abrangência de público alcançada pelo mesmo neste primeiro ano de existência. Ainda, destacou que a linguagem fotográfica, através de instantâneos coloridos, muitas vezes comunica mais do que os artigos escritos. Na oportunidade, foi apregoado Requerimento do Vereador Reginaldo Pujol, solicitando Licença para Tratamento de Saúde, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Wilson Santos, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Constituição e Justiça. Na ocasião, foi apregoada Declaração firmada pelo Vereador Luiz Braz, Líder da Bancada do PFL, informando o impedimento do Suplente Mario Paulo em exercer a vereança no dia de hoje, em substituição ao Vereador Reginaldo Pujol. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Isaac Ainhorn, destacando a importância da iniciativa de homenagear o jornal O Sul, analisou o mercado jornalístico do Estado do Rio Grande do Sul e asseverou que esse periódico atende à demanda profissional jornalística. Ainda, distinguiu a composição gráfica em cores, a inovação da capa, o conjunto de novos repórteres e o espaço destinado à política local e municipal, característicos desse veículo de comunicação. O Vereador Luiz Braz, discorrendo sobre as qualidades das empresas da Rede Pampa de Comunicação, cumprimentou os dirigentes, jornalistas e funcionários do jornal O Sul. Também, parabenizou o Vereador Cassiá Carpes pela proposição desta homenagem, afirmando ser o trabalho de jornalismo desenvolvido por essa empresa marcada pela inovação e que a inserção de imagens coloridas no jornal produz um diferencial com outras publicações dessa natureza. O Vereador Ervino Besson, saudando o Vereador Cassiá Carpes pela iniciativa de homenagear o jornal O Sul pela passagem de seu primeiro ano de existência, parabenizou os dirigentes, jornalistas e funcionários dessa empresa. Ainda, salientando a qualidade do jornal tanto do ponto de vista técnico quanto na sua aparência e colorido, asseverou ser impossível deixar de ler a todas as páginas desse diário devido a sua singular forma de comunicar. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Antonio Hohlfeldt, lembrando a conjunção de fatos históricos que nortearam a formação da imprensa jornalística rio-grandense, destacou a nova proposta gráfica e a diversificação de visões de um mesmo fato praticados pelo jornal O Sul. Ainda, parabenizando a direção, jornalistas e funcionários dessa empresa, assinalou que a mesma consiste em uma experiência em construção que valoriza a tradição jornalística gaúcha. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao jornalista Paulo Sérgio Pinto que, em nome do jornal O Sul, agradeceu a homenagem hoje prestada pela Câmara Municipal de Porto Alegre ao transcurso do primeiro ano de existência desse jornal. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença de alunos e das professoras Carmem Garay e Miriam Dias, da Escola Municipal Professor Thiago Würth, presentes a este Legislativo para participarem do Projeto de Educação Política desenvolvido pelo Memorial da Casa junto a escolas e entidades de Porto Alegre e da Região Metropolitana. Às dez horas e quarenta minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dez horas e quarenta e dois minutos, constatada a existência de quórum, e foi apregoado o Projeto de Resolução nº 060/02 (Processo nº 1078/02), de autoria do Vereador Paulo Brum. Em COMUNICAÇÕES, a Vereadora Maria Celeste destacou o desempenho obtido pelo jornal O Sul ao longo do seu primeiro ano de existência. Também, manifestou-se sobre os debates realizados pela Comissão de Educação, Cultura e Esportes, alusivos às políticas de educação implementadas no Município, especialmente quanto ao trabalho desenvolvido pelos educadores populares nas creches comunitárias de Porto Alegre. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Luiz Braz analisou os efeitos acarretados pela Lei nº 8.880, que normatiza o serviço de venda domiciliar de gás liquefeito de petróleo em Porto Alegre, discorrendo sobre aspectos alusivos à interpretação do artigo terceiro desse diploma legal, afirmando que o mesmo causa problemas à fiscalização e às empresas distribuidoras desse produto e propugnando pela edição de nova lei, que corrija os problemas atualmente verificados. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Resolução nºs 061 e 087/02; em 2ª Sessão, os Projetos de Resolução nºs 039 e 040/02, este discutido pelo Vereador Raul Carrion, 078/02, discutido pelos Vereadores Juarez Pinheiro e Raul Carrion, 083, 086, 081 e 082/02, os dois últimos discutidos pelo Vereador João Carlos Nedel, os Projetos de Lei do Legislativo nºs 127 e 128, este discutido pelos Vereadores João Carlos Nedel e Raul Carrion, e 122/02, discutido pelos Vereadores Adeli Sell, João Antonio Dib e Raul Carrion, os Projetos de Lei do Executivo nºs 047, 048 e 049/02, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 285/01; em 3ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 125/02, discutido pelo Vereador Raul Carrion. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou as presenças dos Senhores Rogelio R. Benitez V., Vice-Prefeito da Cidade de Encarnación - Paraguai, da Senhora María de L. Florentin B., esposa do Senhor Rogelio R. Benitez V., do Vice-Reitor Hildegardo González I. e dos Vereadores María T. Del Puerto F., Ricardo Wander C., Julio C. Arevalos O. e Oscar N. Martínez, da mesma Cidade, convidando-os a integrarem a Mesa dos trabalhos. Também, o Senhor Presidente registrou a presença dos Senhores Julian Vargas G., Marta M. Garcia B., Gustavo Ferreira B., Amalia D. Medina M., Eduardo V. Florentin B;. Joel O. Maidana V., Carlos A. Harms C., Luis T. Bogado A., Javier S. Mangiafico F., Ferlina M. Paredes A., Jorge E. Florentín B., Rosanna M. L. Rienzzi de F., Maria E. González F., Melissa F. Ortiz de E., Sofia C. Scheid V., Lorenzo Arguello e Alberto Cristaldo V., integrantes da comitiva que acompanha Suas Excelências e concedeu a palavra ao Senhor Rogelio R. Benitez V., que agradeceu a recepção proporcionada por este Legislativo a Sua Excelência e aos demais integrantes da comitiva. Após, o Senhor Presidente procedeu à entrega, ao Senhor Rogelio Benitez, de exemplar de livro referente à Cidade de Porto Alegre e concedeu a palavra à Senhora María T. Del Puerto F., que destacou a importância do comparecimento dos representantes da Cidade de Encarnación à Câmara Municipal de Porto Alegre e procedeu à entrega de lembrança ao Senhor Presidente. Às onze horas e doze minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às onze horas e quinze minutos, constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Elói Guimarães referiu-se à ação judicial interposta pelo jornalista Diego Casagrande, a fim de garantir seu direito à liberdade no exercício de sua profissão, externando seu apoio a Sua Senhoria no que tange à questão. Nesse sentido, teceu críticas ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul, afirmando que o mesmo promove perseguições políticas contra jornalistas que defendem ideologias diversas à sua. O Vereador João Antonio Dib procedeu à leitura de artigo de autoria do economista André Burges, publicado na edição de ontem do Jornal do Comércio, intitulado "Porto Alegre é Demais". Nesse sentido, traçou um comparativo entre as condições de vida e de desenvolvimento econômico e social verificados em Porto Alegre durante o período em que o Partido dos Trabalhadores esteve à frente do Executivo Municipal e durante governos municipais anteriores. O Vereador Raul Carrion posicionou-se contrariamente à rejeição, durante a Qüinquagésima Terceira Sessão Ordinária, do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 020/01, de autoria de Sua Excelência, que dispõe sobre segurança em estabelecimentos comerciais e congêneres, altera a Lei Complementar nº 284/92 e alterações posteriores e dá outras providências, dissertando sobre os principais pontos e finalidades colimadas com a elaboração dessa proposta. Na oportunidade, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Marcelo Danéris, solicitando renovação de votação para o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 004/01 (Processo nº 3341/01), tendo o Senhor Presidente informado que a tramitação desse Requerimento está suspensa, face à pendência de Pareceres da Procuradoria da Casa e da Comissão de Constituição e Justiça. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Fernando Záchia criticou atitude adotada pelo Executivo Municipal, no sentido de não comunicar esta Casa sobre a realização de solenidade de inauguração da Praça Antônio Luiz Rosso, cuja denominação decorreu da aprovação de Projeto de Lei de autoria de Sua Excelência. Nesse sentido, lamentou o tratamento dispensado pelo Senhor Prefeito Municipal no que se refere ao trabalho legislativo desenvolvido pela Câmara Municipal de Porto Alegre. A Vereadora Clênia Maranhão manifestou-se sobre dados oficiais apresentados pela Secretaria Estadual da Saúde, que demonstram o aumento dos índices de mortalidade infantil e materna no Estado. Também, mencionou artigo de autoria da socióloga Lícia Peres, publicado no jornal Zero Hora, intitulado "Mapa da Vergonha" e alusivo à exploração sexual de mulheres no País, especialmente no Estado do Rio Grande do Sul, defendendo um maior empenho do Poder Público para solucionar essa questão. O Vereador Isaac Ainhorn externou sua contrariedade ao aumento das tarifas cobradas a título de pedágio pelas empresas que exploram comercialmente as estradas estaduais. Ainda, reportou-se às denúncias de fraude contábil praticadas pela empresa WorldCom, que detém parte do controle da Empresa Brasileira de Telecomunicações - EMBRATEL - e examinou resultados de pesquisa de opinião realizada no Estado, relativa à qualidade da prestação de serviços de fornecimento de energia elétrica. Na ocasião, o Vereador Dr. Goulart informou que a tabela de valores pagos pelo Sistema Único de Saúde a título de pagamento por consultas médicas foi reajustada pelo Ministério da Saúde. Também, o Vereador Paulo Brum, presidindo os trabalhos, indeferiu o Requerimento apresentado pelo Vereador Marcelo Danéris, que solicitava renovação de votação para o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 004/01, ao que o Vereador Marcelo Danéris apresentou verbalmente, contra a decisão acima referida, o Recurso previsto no artigo 99 do Regimento, tendo o Senhor Presidente determinado que o mesmo fosse formalizado por escrito. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Marcelo Danéris discursou a respeito do início oficial da campanha eleitoral para as próximas eleições gerais brasileiras, debatendo sobre a atual conjuntura política verificada no País e manifestando-se sobre as políticas de saúde implementadas pelo Governo Federal. Também, defendeu as políticas administrativas e sociais implementadas pelo Partido dos Trabalhadores à frente do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal do Vereador Nereu D'Avila, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Foi aprovado o Requerimento n° 122/02 (Processo nº 2312/02 - Requer autorização para representar esta Casa no Seminário "Women in Politics", a ser realizado do dia oito ao dia dezessete de julho do corrente, em Washington e Boston - Estados Unidos da América, com percepção de diárias), de autoria da Vereadora Clênia Maranhão. Foi aprovado o Requerimento n° 120/02 (Processo nº 2246/02 - Requer autorização para representar esta Casa no VIII Encontro Estadual de Conselheiros Tutelares do Rio Grande do Sul, a ser realizado do dia dez ao dia doze de julho do corrente, em Caxias do Sul - RS, com percepção de diárias), de autoria da Vereadora Maria Celeste. Foi aprovado o Requerimento n° 117/02 (Processo nº 2199/02 - Moção de Solidariedade aos Senadores que votaram contra o Projeto de autoria do Deputado Federal Adolfo Marinho, que buscava modificar a legislação pertinente à classe dos taxistas), de autoria do Vereador Ervino Besson. Foi aprovado o Requerimento n° 105/02 (Processo nº 1975/02 - Requer autorização para representar esta Casa na Reunião Ordinária da Mesa Executiva e do Comitê de Integração Latino-Americano de Parlamentares Municipais, que se realizou nos dias três e quatro de junho do corrente, em Santa Maria - RS, com percepção de uma diária), de autoria do Vereador Carlos Alberto Garcia. A seguir, foi apregoada a Subemenda n° 01, de autoria da Vereadora Clênia Maranhão, Líder da Bancada do PPS, à Emenda nº 04, aposta ao Projeto de Lei do Legislativo n° 078/01 (Processo nº 1553/01). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo n° 078/01, com ressalva das Emendas a ele apostas, após ser discutido pelo Vereador Marcelo Danéris. Foram votadas conjuntamente e aprovadas as Emendas n°s 01, 02, 03 e 04 e a Subemenda nº 01 à Emenda nº 04, apostas ao Projeto de Lei do Legislativo n° 078/01. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução n° 042/01, com ressalva das Emendas a ele apostas, após ser discutido pelos Vereadores Nereu D'Avila, Elói Guimarães e Pedro Américo Leal. Foram votadas conjuntamente e aprovadas as Emendas nºs 01 e 02, apostas ao Projeto de Resolução nº 042/01. Foi aprovada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Resolução nº 042/01. Após, foi apregoada a Emenda n° 01, de autoria do Vereador Marcelo Danéris, Líder da Bancada do PT, ao Projeto de Resolução nº 081/02 (Processo nº 2228/02). Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei Complementar do Legislativo n° 018/01 e a Emenda n° 01 a ele aposta, tendo o Senhor Presidente, face manifestação do Vereador João Antonio Dib, prestado esclarecimentos sobre a votação desse Projeto. Em Votação Nominal, 1º Turno, esteve o Projeto de Emenda à Lei Orgânica n° 006/00, o qual deixou de ser votado face à inexistência de quórum deliberativo. Às doze horas e cinqüenta e dois minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, em verificação solicitada pelo Vereador Marcelo Danéris, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Reunião Ordinária da Segunda Comissão Representativa da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Carlos Alberto Garcia, João Carlos Nedel e Paulo Brum e secretariados pelo Vereador João Carlos Nedel. Do que eu, João Carlos Nedel, 1° Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Passamos ao período de

 

COMUNICAÇÕES

 

Este período, hoje, é destinado a assinalar o transcurso do primeiro aniversário de fundação do jornal O Sul. Registramos a presença do Jornalista Paulo Sérgio Pinto, Vice-Presidente da Rede Pampa de Comunicações, bem como do Jornalista Rafael Gadret, Diretor-Geral do jornal O Sul.

O Ver. Cassiá Carpes, proponente da homenagem, está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) O lançamento do jornal O Sul, em julho de 2001, representou um marco no cenário editorial gaúcho, que demandava um novo título jornalístico. O sucesso do O Sul é a conseqüência da materialização dos excelentes indicadores de leitura, cultura e politização do nosso povo, juntamente com a proposta de um jornal imparcial, independente, com um novo padrão de qualidade editorial e uma leitura agradável e dinâmica. O Sul proporcionou aos seus leitores uma visão mais abrangente, crítica e profunda dos fatos que acontecem no Estado, no País e no mundo. Direcionado ao segmento de público A e B, O Sul trouxe ao mercado um projeto gráfico arrojado, tornando-se o primeiro jornal, em toda a história da imprensa brasileira, a utilizar cores em todas as suas edições e páginas.

A tecnologia alemã da rotativa Newsline NL 20, produzida pela Manugraph, maior fabricante de máquinas impressoras da Europa, possibilita a qualidade gráfica e de cores do jornal. Isso o torna um dos parques industriais mais modernos do Estado.

O jornal é produzido por uma equipe de profissionais com ampla experiência, assim como por novos talentos. Nenhum outro jornal possui tantas colunas, além de colunistas locais, como Paulo Gasparotto, César Bresolin, Antônio Augusto, Rogério Amaral, Fernanda Magalhães, as colunas Coisas da Política, do Mundo, do Cotidiano e do Esporte, conta também com o trabalho de outros importantes colunistas do Brasil, como Joelmir Beting, Dora Kramer, Míriam Leitão, Tereza Cruvinel, Ancelmo Gois, e Patrícia Kogut. O Sul veicula também as colunas Informe JB e Painel Folha.

Com periodicidade diária, O Sul veicula o caderno Magazine, em que a valorização das imagens é o maior referencial. O Magazine aborda assuntos variados como sociedade, estilo, moda, comportamento, televisão, cinema e roteiro cultural.

O Sul publica de segunda a sábado a editoria Veículos, proporcionando mais agilidade e instantaneidade às matérias novidades do setor automotivo, lançamentos e tendências do mercado.

A cobertura inicialmente prevista para a Grande Porto Alegre já expandiu sua distribuição para outros quarenta municípios distribuídos pelas Regiões Central, Litoral, Serrana, Norte e Sul. A distribuição atual atende 70% da população do Estado.

A partir de março, O Sul passou a circular também aos domingos com um grande diferencial: é o único jornal do Estado com “fechamento” no sábado à noite, ou seja, o jornal dominical trará tudo o que aconteceu durante o dia aqui, no Estado, no Brasil e no mundo.

O Sul caiu nas graças do leitor gaúcho, após dez meses de circulação, e já está entre os maiores jornais do Rio Grande do Sul.

Possui cento e sessenta e nove mil leitores só na Grande Porto Alegre, sem contar no interior do Estado. Hoje está com sessenta mil jornais diários, sendo que mais de vinte e três mil são assinaturas.

O Sul já é um sucesso e veio para ficar.

Além disso, chama-me a atenção o mercado de trabalho, Paulo Sérgio Pinto, amigo e colega – não vou chamar de chefe, porque acima disso é um amigo -, que o O Sul trouxe aos jornalistas, com centenas de novos empregos, como mão-de-obra qualificada e menos qualificada, mas abriu, realmente, uma frente de trabalho na nossa Capital e no nosso Estado.

Portanto, nada mais justo do que esta Casa fazer uma homenagem, neste momento, ao O Sul, que parece que faz tanto tempo que está na rua, Gadret, com tanta performance, e que êxito obteve esse jornal!

Em nome da Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro, em meu nome, em nome do Vereador Elói Guimarães e Juvenal Ferreira, em nome de todos os Vereadores desta Casa quero, realmente, me solidarizar e parabenizar o jornal pelo primeiro ano, que parece que está há cinqüenta anos no convívio da comunidade porto-alegrense e gaúcha, e que isso se repita por muitos anos, porque é um jornal que veio para ficar e ficar com qualidade. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Ver.ª Maria Celeste.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Apenas um ano de uma marca, uma marca que foi conquistada pelo O Sul, porque é um jornal que nasceu independente, continua independente e, tenho a convicção, que, pela sua maneira de agir até aqui, continuará sendo assim. É assim que deve ser a imprensa.

Eu falo em meu nome, e agradeço, de modo especial, à Ver.ª Maria Celeste, da minha Bancada, por ter-me cedido este tempo, em nome do Líder da Bancada, Ver. Marcelo Danéris, e de todos os Vereadores da nossa Bancada, Ver.ª Maristela Maffei, que se encontra aqui acompanhando esta Sessão. É assim que nós precisamos ter imprensa - não só aqui em Porto Alegre, mas no Brasil inteiro -, uma imprensa que tenha a coragem de estampar, em suas páginas, fotos, muitas fotos, porque elas falam por si, elas são notícia, elas são, de fato, a forma mais eficaz de atingir corações e mentes das pessoas.

O Sul também traz o que tem de substantivo na imprensa do Centro do País, em particular, do JB e da Folha, e de nomes como os que o Ver. Cassiá Carpes já citou aqui. E quero lhe parabenizar, Ver. Cassiá Carpes, por ter proposto esta homenagem a um ano de existência de O Sul.

Esse jornal é variado, e, também, nesta variedade, tem um enfoque variado, não é apenas o enfoque de uma parte da sociedade. Porque o grande problema de vários órgãos da imprensa nacional é que há apenas um enfoque. Muitas vezes, se coloca o outro lado, a outra opinião, mas ela é, geralmente, entrecortada. Nós precisamos de um jornal em que, no bojo das suas páginas, na maneira de fazer a matéria, de encarar o problema, nós tenhamos uma visão do fato e, dependendo da circunstância e do que trata a matéria, tenhamos ali retratadas as várias opiniões que circundam a complexidade que é o mundo moderno, a complexidade de interesses e conflitos que permeiam a sociedade brasileira e a nossa aqui no Sul, no Rio Grande, em Porto Alegre, de um modo especial.

Essa multiplicidade, essa variedade expressa em seus colunistas, em seus fotógrafos e todos os servidores, é uma demonstração de que O Sul veio para ficar, veio para marcar, em um ano, é uma marca. E eu tenho certeza de que, no seu jubileu, na festa dos seus cinqüenta anos, nós estaremos comemorando toda uma trajetória que, assim como quando ele nasceu, continuará: crítico, independente, com uma visão multifacetada, que não tem medo de abordar temas de profunda complexidade, que vários editoriais de alguns órgãos de comunicação têm medo de tratar, esquecem de tratar, omitem-se, porque pode ser, inclusive, uma forma de questionamento a um jornalista ou ao próprio jornal e seus editores. Essa coragem, essa determinação, esse modo de ser e de fazer é que está fazendo com que o jornal deixe, a cada dia, registros peculiares, marcantes na vida de cada uma e de cada um dos seus leitores e leitoras. E é por isso que nós, nesta manhã de final de legislatura, de primeiro semestre deste ano, concluímos, com chave de ouro, homenageando o nosso O Sul.

Parabéns ao O Sul, vida longa, muito trabalho, muita determinação, porque vale a pena fazer esse tipo de imprensa. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Valdir Caetano está com a palavra para uma Comunicação de Líder pelo PL.

 

O SR. VALDIR CAETANO: Sr. Presidente , Srs. Vereadores, Sr.ªs Vereadoras, caro Paulo Sérgio Pinto, é com grande prazer que eu faço uso desta tribuna para prestar uma homenagem ao primeiro ano de vida do jornal O Sul.

Nós temos visto neste primeiro ano de trabalho do jornal O Sul que, realmente, essa equipe de trabalho tem procurado fazer a diferença na informação, naquilo que tem levado aos leitores gaúchos.

Parabenizo essa iniciativa, esse trabalho, parabenizo também o Ver. Cassiá Carpes, que propôs esta homenagem.

Eu quero dizer que, para minha felicidade, presto esta homenagem hoje, um dia após, em que nós, no dia de ontem, prestamos uma homenagem aos vinte e cinco anos da Igreja Universal do Reino de Deus, e qual foi o jornal que estava aqui, que fez a matéria e fotografou essa Sessão Solene? O jornal O Sul. Muito obrigado, senhor Presidente, obrigado a todos que fazem esse jornal, do maior ao menor, mas que o fazem de uma forma imparcial e que traz para o nosso Estado uma grandeza, e mostra que esse jornal quer fazer um trabalho jornalístico imparcial, um trabalho que faz com que O Sul seja, a cada dia que passa, o jornal mais lido, mais querido, o jornal mais aceito pelo povo gaúcho. Esse, sem dúvida nenhuma, Sr. Presidente, é o primeiro ano de muitos anos de sucesso do jornal O Sul, como todo o trabalho que tem feito. Um abraço, que Deus abençoe o O Sul e todos aqueles que compõem e fazem esse jornal. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): A Ver.ª Maristela Maffei está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Bom-dia a todos, sejam bem-vindos a nossa Casa, a Casa do Povo de Porto Alegre. Há poucos dias nós tivemos nesta Casa uma discussão importantíssima; nós, aqui, como uma celebração, discutíamos o tema da liberdade de imprensa, o Dia Internacional, Nacional. É bem verdade que faz pouco tempo que nós quebramos algumas grades, possibilitando que pudéssemos trazer esta discussão com toda a sua desinibição, com toda a vontade e com toda a liberdade. Muitos ainda não entenderam, porque liberdade exige o contraditório e, com certeza, a liberdade de expressão, e até por sermos formadores de opinião... E os meios de comunicação, não apenas hoje, com todo o seu avanço tecnológico, têm um papel fundamental, e não venham aqui dizer que em algum lugar existe alguma neutralidade, ao contrário, todos nós somos formadores de opinião, todos nós temos uma vontade política, temos um projeto, alguns não, alguns apenas exercem a vontade dos outros, mas todos nós queremos colocar em prática um projeto que nós desenhamos individual ou coletivamente. Os meios de comunicação, sem dúvida, têm esse papel fundamental. O que nós questionamos? Nós questionamos, quando sentimos a supremacia de uma verdade única, quando há um papel apenas, quando um meio de comunicação, testa-de-ferro, muitas vezes, de multinacionais internacionais, quer a soberania, quer a sua verdade, como se aquilo que passa pela tela, aquilo que entra na nossa massa encefálica fosse a única verdade. Pois O Sul, que é um jornal que tem o viés também de formador de opinião, que tem dentro dele vários tipos de vieses, ideológicos inclusive, tem uma diferença, ou seja, ele nos deu e tem-nos dado a visibilidade para todos. E quando eu falo em visibilidade, não existe aqui uma discriminação, nem para aquele que tem mais status quo, nem para aquele que é considerado com menos status quo. Na Câmara Municipal, todos os Vereadores já passaram pelo seu jornal, tanto aquele que obteve quarenta mil votos, como aquele que obteve dois mil votos. Para alguns jornais, para alguns meios de comunicação, isso não é possível colocar em prática, e isso traz um retrato de como nós e O Sul estamos no caminho certo, mesmo que tenhamos alguns momentos de diferenças. Que bom! Porque quando nós temos diferenças, nós podemos falar, assim como os outros podem colocar o seu pensamento, e aqueles que lêem e aqueles que assistem podem formar a sua opinião, e não uma indução do “Golias” soberano, que manda, que comanda – nós sentimos isso. Quando vemos uma guerra que tem dor, tem sangue, vemos na outra guerra, quando tombam, que parece um jogo de videogame: não tem sangue, não tem dor. É isso que importa.

O Sul nos dá, principalmente para as mulheres, e as mulheres que estão na política, um espaço fundamental, que é o da visibilidade, porque nós, na grande parte dos jornais, não temos espaço. Saímos no O Sul coloridas, lindas, maravilhosas, assim como os homens de boa vontade que querem transformar a nossa sociedade. Muito obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Aproveitamos a oportunidade para parabenizar o Ver. Pedro Américo Leal em nome da Casa e dos trinta e dois Vereadores pelo seu aniversário no dia de amanhã. (Palmas.)

O Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Ex.mo Sr. Presidente em exercício Ver. Carlos Alberto Garcia, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, vivemos, na verdade, fases da vida. Estou agora vivenciando mais uma fase da minha vida, espero que seja a final, porque deixo aqui a disputa de cadeiras, entrego ao elenco de Vereadores e dos candidatos a Vereador.

Estava me lembrando, quando vinha para cá, o que vivenciei, e a vida são evocações, são lembranças, e eu transitava fazendo programas, principalmente de rádio e de televisão, lá pelo alto do Teresópolis, na Orfanatrófio, naquela colina, e me recordo perfeitamente dos bons tempos do regime militar. Havia uma lagoa que ameaçava a vida das crianças, ali pela Rua Orfanotrófio, e todos ficavam embasbacados, não sabiam como resolver o problema. Eu disse: “Aterrem a lagoa!” E aterramos a lagoa. Nunca mais morreu criança! E mandamos colocar em cima uma placa: “Cada adulto é responsável por todas as crianças do mundo.”

Foi uma inspiração que me veio, de vez em quando, as tenho. Está acabado. V. Ex.ªs podem criticar, mas acabou o problema; nunca mais morreu criança. Naquela colina, fazia programas com o Raul Morot, com a Vera Armando, com o Alfredo Bergman, quando surpreendi, repentinamente, uma limitação ao estacionamento do meu carro à noite, à tarde e pela manhã. Sempre fazia programa lá. E essa construção nos limitava o estacionamento de veículos. Até que enfim, indaguei o que iria surgir dali, o que iriam fazer daquela frente. Estava incomodado, porque não havia mais lugar para estacionar meu carro, quando me disseram que surgiria um jornal. Perguntei de onde eles haviam tirado um jornal. Era mais uma peraltice do teu pai, do Otávio Gadret, porque vocês são família de policiais. Você é a terceira geração. Fui colega do avô dele, do velho Gadret, do pai dele, dos tios dele, Regional, em Pelotas, Itaqui e Santana de Livramento, e tinha intimidade com a família Gadret. O avô dele era um indivíduo excepcional, meu colega na Escola Superior de Polícia e membro da Congregação da Polícia, da qual também fiz parte. É uma família de policiais, de pai e irmãos. O Gadret, o pai dele me venceu, e foi buscar esse general, paisano, Paulo Sérgio Pinto - não vou dizer de onde - foi buscar no Correio do Povo (já disse!) e colocou à frente da empreitada. Claro que sei que o Paulo Sérgio tem vários defeitos, mas tem um que eu respeito: é um tocador de obra terrível, é um tipo Andreazza. O gringo era assim, morreu pobre, eu até desconfiava dele, morreu pobre, tive que dar mil reais para o enterro dele, mas isso não vem ao caso. Então, o O Sul surgia, proporcionando, no seu lançamento, lá por julho de 2001, mais um veículo de comunicação social, mais empregos e mais jornalismo, isso que é importante, o jornalismo é escasso de empregos, exige talento versátil, peregrino, que busca a todo o momento trocar a noite pelo dia, e continua na empreitada. Imaginou uma cobertura inicial em Porto Alegre e na Grande Porto Alegre e já atingiu quarenta municípios, foi em direção à região central, litoral, serrana, Zona Sul, e, parece que, pelas estatísticas, já chegou e abocanhou 70% do Estado. É uma façanha, este jornalzinho - não pense que estou falando “jornalzinho”, estou falando por amizade -, se não me engano, tem um ano de vida, um ano e pouco, é muito atrevimento deste plantel aqui. Acredito que sejam todos jornalistas, não? Então, esta façanha pertence a eles também, a esta gente aglomerada tal qual o time do Felipão, que está lá concentrado, num hotel, e nós esperando. Meus amigos, ainda tenho muita coisa para dizer, mas, Paulo, o que posso dizer para vocês? Eu digo o que diz o Fortunati, uma frase bonita: “Vida longa para vocês!” Vida longa, Paulo, vá em frente, você é meio milico, você cumpre missão. Arremeta! Vá em frente! Faça como o seu irmão - eu sei da vida dele - foi Adido Militar em Buenos Aires. É verdade, faça como ele: vá em frente! E não esqueça que você tem uma dívida com o nosso Rio Grande. Tem de cumprir esta missão e ser vitorioso. Não se entregue! Vá em frente, Paulo Sérgio! Vá em frente! Muito obrigado.

 

(Revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Raul Carrion está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Estamos completando o primeiro ano do jornal O Sul, com raízes no nosso Estado, de um grupo gaúcho, como o próprio nome diz, mas que nesse primeiro ano já mostra estar maduro e ser um jornal adulto, que conquistou a simpatia e conquistou os leitores do Rio Grande do Sul. Creio - pelos dados que colhi - já atinge sessenta cidades, não quarenta, e 70% da população do nosso Estado.

O Sul se destaca, em primeiro lugar, pelo seu belíssimo visual, o seu projeto gráfico primoroso, onde o recurso - como já foi dito - a própria fotografia nos mostra, às vezes, mais a realidade do que o próprio texto. A fotografia tem a magia de, se bem colocada e apresentada, nos mostrar mais da realidade. Mas não é só isso a marca de O Sul. O Sul me lembra, um pouco, o jornal Le Monde, francês, esse grande jornal. Ele não é só um jornal noticioso, não é só a informação fidedigna, mas talvez a característica fundamental que vejo nele é que são matérias em cima da informação, mas matérias trabalhadas, a pesquisa, a opinião, não opinião no sentido do pensamento único, de uma opinião imposta, mas a opinião que respeita a pluralidade, que respeita a diferença, que é capaz de abrir espaços para diferentes formas de ver, de pensar, de opinar e, com isso, são matérias que nos enriquecem, que não apresentam, às vezes, pretensamente na objetividade, uma informação, mas aquela informação, conforme ela é dada, ela traz embutida e, de forma disfarçada, uma visão determinada do mundo.

Creio que é mais importante aquela matéria que traz a informação e que traz opiniões sobre aquela informação, que nos permite, então, desvelar, de fato, a realidade e a informação, porque ela é cotejada com visões diferenciadas.

Eu acho que essa é uma marca e um patrimônio que O Sul tem, enorme, é um jornalismo diferenciado.

Além disso, eu diria que é um jornal que tem um profundo respeito pelo leitor e pelas opiniões diferenciadas e plurais na sociedade. Algo até meio difícil, porque não busca o sensacionalismo, não busca, de forma parcial, condenar as visões, mas cotejá-las e deixa ao leitor a oportunidade, o direito de decidir sobre a visão mais adequada.

Creio que num País em tempos onde os grandes meios de comunicação estão extremamente monopolizados, onde sete famílias, hoje, no Brasil, dominam 90% de tudo que se divulga e tudo que se publica, a importância de O Sul, a importância da Rede Pampa, com as características que tem, com as raízes que tem, aqui, neste Estado, são extremamente importantes.

Nós saudamos com grande júbilo, em nome do Partido Comunista do Brasil, a existência desse grupo, a audácia desse jornal, e, num Estado onde o jornalismo é tão pujante, é tão forte, onde há uma população tão politizada, tão consciente, é, realmente, uma audácia o lançamento do jornal O Sul. Mas creio que esta audácia frutificou, e o O Sul tem um longo porvir pela frente. E nós esperamos que prossiga essa caminhada de êxito, de seriedade, de conteúdo e de respeito ao leitor e às diferentes visões de mundo, de sociedade e a busca de um Brasil mais justo e mais soberano. Muito obrigado e saudações do PC do B. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Reginaldo Pujol solicita Licença para Tratamento de Saúde no dia 28 de junho.

 

(Obs.: Foi apregoado o Requerimento de Licença do Ver. Reginaldo Pujol e dada posse ao Suplente, conforme consta na Ata.)

 

O Ver. Luiz Braz está com a palavra. (Pausa.) O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra em Comunicações, por cessão de tempo do Ver. Paulo Brum.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais Presidentes.) Acho que, sobretudo, Porto Alegre ganhou, neste último ano, um impulso extraordinário em matéria de jornalismo escrito, com o surgimento do O Sul. O simples fato do surgimento de um jornal já é uma vitória extraordinária. Com a bagagem de jornalistas que o Rio Grande, que Porto Alegre, tem, o número de jornais existentes, meus caros Vereadores, era insuficiente para atender à demanda de informação veiculada através dos jornais. Acho que o O Sul veio preencher uma extraordinária lacuna.

Eu não estou aqui, neste momento, para fazer considerações e reflexões sobre monopólio jornalístico. Não dá para começar a atirar pedra, porque se nós entrarmos nessas considerações, dá para fazer crítica de tudo que é lado. Agora, este é um período de homenagem, é óbvio, mas não dá para deixar pelo menos de se fazer esta reflexão. Nós sempre temos a nossa crítica, a nossa mágoa, no sentido de que não somos contemplados com aquele espaço que gostaríamos no jornal “a”, “b” ou “c”. Isso faz parte do processo do jogo político, do jogo democrático e do papel fundamental que desempenha a mídia. Por isso eu saúdo; eu olho o expediente do O Sul, vejo uma composição extraordinária de editores, de espaços que são abertos para jornalistas extraordinários que foram aproveitados na equipe do O Sul, que foram contratados. Um conjunto de repórteres novos, que têm o seu espaço, respondendo à demanda, pelo extraordinário número de jornalistas que saem hoje de excelentes faculdades de Jornalismo do nosso Estado, seja da PUC, da UFRGS, da ULBRA, da UNISINOS. E há que se responder a essa demanda. Eu vejo presente, também, nas galerias, nos assistindo, a Editora-Chefe do jornal, a Núbia, profissional de competência e de respeito na vida jornalística do nosso Estado.

Com certeza, no primeiro ano se enfrentam dificuldades e obstáculos. E o O Sul conseguiu se manter. Em matéria de jornalismo - eu não sou jornalista, mas leio diariamente o conjunto de jornais da cidade de Porto Alegre, jornais do Rio e de São Paulo -, em matéria de tablóide, o O Sul está fazendo um trabalho extraordinário; em matéria de fotografia e de primeira página eu tenho para mim que ele está dando um banho em termos de jornalismo. A fotografia é uma loucura!

Digo também, porque acho que é importante esse registro do reconhecimento da Casa dos espaços que são concedidos ao cotidiano da Cidade, seja na vida política, na vida econômica. Tem espaços assentados ali, presentes, praticamente não há dia em que não haja referência ao trabalho desta Casa, ao trabalho dos Srs. Vereadores. Eu não sou um dos mais contemplados - vou fazer aqui o meu lamento, mas talvez eu não esteja, Ver. Pedro Américo leal, produzindo no empenho dos demais colegas, então tenho que fazer um chorinho, até por que não fazer um apelo e dizer que sou colega e fiz toda a minha formação junto com o Otávio, desde a época do Júlio de Castilhos, pois somos contemporâneos e amigos? Não vou fazer esse jogo senão me incompatibilizo com toda a redação, eu já conheço essas coisas, a gente não pode passar por cima que se quebra, viu Ver. Pedro Américo Leal, V. Ex.ª sabe disso, só faço uma manha.

Para concluir, quero dizer que o espaço concedido à vida política, e com um detalhe, cedo da manhã, este é um dado importantíssimo, nós temos acesso, Porto Alegre tem acesso, o Rio Grande do Sul tem acesso à informação das melhores colunas do País. Puxa essas colunas tem convênio; que bom nós termos essas informações cedo da manhã, porque muitas vezes nós não conseguimos ler o Jornal do Brasil, a Folha de São Paulo, o Jornal de Brasília, e, ali, com esse conjunto dos melhores cronistas políticos e econômicos do País como Joelmir Beting, Mirian Leitão, Dora Kramer, Tereza Cruvinel, temos essa informação cedo da manhã, o que só teríamos pelo acesso da Internet.

Quero fazer um registro de um trabalho qualificado e competente do Magazine, do caderno de variedades, que também é uma lição de um trabalho profissional. É extraordinário, é qualificado, e trabalha, sobretudo, com uma coisa, já que a informação tem de ser rápida, que é a visibilidade da fotografia. É uma lição de jornalismo, é uma universidade de jornalismo o que o O Sul está fazendo.

Parabéns a ti, Rafael Gadret, ao Paulo Sérgio e a toda equipe jornalística e funcionários que prestigiam este período de homenagem em nossa Sessão. Nos cinco e nos dez anos, estaremos comemorando a história de um grande tempo do O Sul no Rio Grande e em Porto Alegre. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Luiz Braz está com a palavra, em Comunicações.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Vou fazer duas referências aqui, antes de iniciar os meus pensamentos. As duas são realmente desconhecidas por mim, conhecidas agora, mas é importante serem reconhecidas da tribuna.

O Ver. João Antonio Dib, na época em que estava no Executivo, foi quem secou a lagoa nas proximidades da Pampa, e o Ver. Pedro Américo Leal - meus dois bons amigos do PPB - fez o aterro daquela região. Os dois que, durante muito tempo, estiveram em órgãos do Executivo.

 

O Sr. Pedro Américo Leal: Não sabias?

 

O SR. LUIZ BRAZ: Não, não sabia. Mas está feito o registro aqui. E o meu companheiro de Bancada, Ver. Wilson Santos, conversando comigo, colocou-me uma frase que eu faço questão de citar, antes de iniciar meus pensamentos: “O Sul é o novo, o diferente, mas um novo, diferente, com muita qualidade. A sua inserção na imprensa escrita estimula a disputa por mais virtude e mais qualificação.” É a frase do meu amigo Ver. Wilson Santos que, hoje, está abrilhantando a nossa Bancada do PFL.

O meu amigo Ver. Reginaldo Pujol, que está com problemas de saúde, pede que eu saúde o O Sul em seu nome.

Tenho uma admiração muito especial por toda a empresa Rede Pampa de Comunicações, porque foi por meio da Rede Pampa, em 1976, que eu comecei, depois de passar um período na Rádio Farroupilha antiga, 600 Khz, ligada às Associadas. Eu começava uma caminhada convidado por uma pessoa que, realmente, eu aprendi a conhecer e admirar, uma pessoa extraordinária chamada Otávio Gadret.

Essa pessoa, na época que eu fui para lá, em 1976, era um pequeno empresário. A Rádio Caiçara fazia uma programação gravada e ele almejava fazer uma programação ao vivo. O estúdio era na Rua Otávio Rocha e estava sendo transferido para o Morro Santa Tereza. Mas, vocês podem perguntar: estão homenageando O Sul e está falando em rádio? É porque o jornal O Sul tem exatamente a fotografia do Dr. Otávio Gadret.

Primeiramente, Otávio Gadret é uma pessoa que sabe muito bem escolher os seus parceiros, tanto é que ele foi buscar o Paulo Sérgio Pinto para ser o seu comandante-mor porque ele sabia que estava buscando o melhor que havia no mercado. Então, ele sabe escolher muito bem os seus parceiros.

Estou vendo o Rafael Gradet, aqui hoje representando a Rede, e ele só está aqui porque, tenho certeza, tem muita qualidade. Eu nunca vi o Gradet escolher alguém da sua família para estar na empresa só por que era da família; ou tinha qualidade ou não tinha qualidade - ele sempre agiu assim. Eu sempre ressalto essas qualidades do Gradet.

Quando eu falo que tenho aqui a fotografia do jornal O Sul, do Dr. Gradet, em rápidas palavras, eu quero dizer que, na Caiçara, antiga, o locutor tinha que falar pouco e a música aparecer mais, sendo o lema: “Na Caiçara, a música não pára.” Ou seja, a música tinha de chamar o ouvinte. Depois de algum tempo, nós mudamos um pouco essa história, e quando nós fizemos o Comando Geral, e o Comando Geral da Caiçara começou realmente a ser grande líder de audiência e começamos a poder falar mais e tocar menos música, e chegamos a uma fase - no Comando Geral - em que só se falava e não se tocava mais música.

No jornal O Sul, por isso que eu digo que tem a fotografia do Dr. Otávio Gadret, quem comunica mais é a fotografia. É através da fotografia que nós temos, na verdade, a melhor comunicação do jornal O Sul. Eu gosto de sair nas fotografias do jornal O Sul porque eu saio até bonito, eu estou na fotografia do jornal O Sul e eu realmente estou bem fotografado. Olha, é difícil um jornal me colocar ali, com aquela beleza de cores; a coloração realmente está muito bonita. Então eu gosto muito da fotografia. E o Ver. Isaac Ainhorn dizia aqui da qualidade da fotografia do jornal O Sul, que, realmente, é fantástica.

Os textos que saem, são textos mais curtos, mas todos eles de muita qualidade, porque a equipe de jornalistas escolhidos pelo Gadret e pelos Diretores do jornal O Sul é uma equipe de jornalistas do primeiro time, então esses jornalistas conseguem fazer um texto reduzido, sintético mas que se comunica bem. O texto que vai ali, ao lado daquelas fotografias bonitas, é um texto suficiente para dizer exatamente a idéia que quer ser transmitida, e que está encerrada, toda ela, dentro daquelas fotografias maravilhosas que estão estampadas nas páginas do jornal O Sul.

Portanto, eu quero cumprimentar toda essa equipe fantástica da Rede Pampa de Comunicações por esse trabalho magnífico que realiza frente ao jornal O Sul. Quero cumprimentar a todos os senhores e senhoras pelo trabalho de jornalismo que realizam para que O Sul seja, realmente, hoje, um dos melhores jornais do Brasil E quero dizer que eu tenho muito orgulho ao ver que essa empresa, comandada por esse meu excelente amigo Otávio Gadret, está ocupando esse lugar de tanto realce, diante das melhores empresas de jornalismo do Brasil. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Obrigado Ver. Luiz Braz.

O Ver. Ervino Besson está com a palavra em Comunicações, por cessão de tempo do Ver. Nereu D’Avila.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Primeiramente, eu quero aqui agradecer ao meu colega, Ver. Nereu D’Avila, por ter me concedido o seu tempo para que eu falasse neste momento em homenagem ao jornal O Sul.

Olhando as fisionomias dos diretores, funcionários, jornalistas nós vemos a simpatia e a equipe desse jornal.

Logo quando surgiu o jornal O Sul, num bar, no meu bairro da Zona Sul de Porto Alegre, havia um cidadão lendo o jornal O Sul. Dizia ele, meu caro Presidente, Ver. Carlos Alberto Garcia: “É impossível comprar o jornal O Sul e não ler todas as suas folhas!” Sabem que aquilo me chamou a atenção. Conversando com ele, ele diz: “A Cidade está de parabéns!” Diz ele: “Vereador, mas olha a qualidade do jornal, é um jornal leve. Um jornal que transmite, assim, para o leitor, que leia todas as suas notícias, porque é um jornal leve!” É um fato que até passa despercebido por muita gente, talvez até para alguns Vereadores e Vereadoras desta Casa, meu caro Ver. Cassiá Carpes, mas é a realidade.

Vou pegar o jornal de hoje aqui. Vamos folhear o jornal de hoje. Estava certo aquele cidadão, é impossível comprar o jornal O Sul e não ler todas as suas matérias e suas notícias!

Eu moro na Zona Sul de Porto Alegre, e na esquina da Faixa Preta com a Av. Eduardo Prado há uma moreninha muito simpática, muito alegre, muito querida que vende o jornal O Sul. E eu gosto de conversar com essas pessoas. Um dia, conversando, ela me disse: “Estou contente com o meu trabalho, porque as pessoas passam, compram o jornal, sempre alegres, e elas não compram para me auxiliar, e, sim, porque gostam do jornal. Então, eu me sinto gente, sinto-me satisfeita com isso.” E ela disse: “Olha moço, e digo mais uma coisa para ti: eu tinha alguns clientes que tinham por hábito passar aqui e comprar o meu jornal, depois pararam. Mas eles tiveram o cuidado de passar aqui e dizer: ‘Olha moça eu não estou comprando mais o teu jornal, porque recebo o jornal na minha casa.’” Vejam, isso aí é cidadania. Isso representa a qualidade do jornal, o que representa para a comunidade da nossa cidade de Porto Alegre ter um jornal de qualidade.

Como vários Vereadores aqui já se pronunciaram, quero destacar, de uma forma muito tranqüila, o sucesso do jornal O Sul. E o sucesso do jornal O Sul está estampado no olhar, na fisionomia de cada um de vocês. Portanto, a Cidade está de parabéns; nós todos estamos de parabéns por termos mais um jornal da qualidade do jornal O Sul, na nossa Capital, no nosso Estado. Vida longa! Que Deus continue dando a cada um de vocês esse belíssimo trabalho, e que continuem sempre fazendo e demonstrando, com o jornal O Sul, a qualidade do trabalho de cada profissional. E nós aqui na Câmara Municipal queremos dizer: parabéns, muita paz e muita saúde a todos vocês! Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, especialmente Jornalista Paulo Sérgio Pinto, Vice-Presidente da Rede Pampa de Comunicações; jornalista Rafael Gadret, Diretor do jornal O Sul, e, permitam-me, todos os jornalistas do jornal O Sul, que, através do Mauro Borba, faça esta homenagem a todos os colegas.

Primeiro, quero registrar para o Paulo Sérgio a minha alegria de ver que aquele companheiro que conheci, ainda na Caldas Júnior, que vinha de outra atividade, chegou um dia ao jornalismo e pegou o gostinho, fincou pé e, hoje, participa de um projeto que, no meu entendimento, é fundamental para o Rio Grande do Sul, sobretudo para a imprensa, para a comunicação rio-grandense.

Ao Rafael quero dizer, com muito carinho, que, embora eu deva ser mais moço do que o seu pai, ainda me lembro, entrando no Julinho, com a idéia de um dia vir a ser jornalista, que o Gadret estava saindo do Julinho, mas foi o Gadret, como Presidente do Grêmio Estudantil, que promoveu os cursos de preparação de jornalismo, através da ARI, com o Julinho. Fui um dos que fez um desses cursos, já com a idéia de ser jornalista. Vejo que tantos anos depois ele persistiu na idéia, e nós também nos tornamos profissionais e estamos chegando aqui. Portanto, há uma conjunção de histórias que fazem com que a gente vá construindo algumas coisas juntos.

Conversava com o Ver. Paulo Brum, meu companheiro de Bancada, e discutíamos o que poderíamos ressaltar do O Sul, a mais, que os companheiros Vereadores que me antecederam já não tivessem falado.

Quero relembrar a todos que assistem ao nosso pronunciamento, sobretudo aos nossos colegas jornalistas, o quanto esta Cidade mudou em algumas décadas. Nos anos 50 - concluí uma pesquisa há pouco tempo sobre a edição regional do jornal Última Hora, aqui de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul -, tínhamos a Última Hora, tínhamos A Hora, tínhamos o Jornal do Dia, o Diário de Notícias, o Correio do Povo, a Folha da Tarde. Tínhamos uma diversidade de jornais extremamente grande. Perdemos parte desses jornais depois, nos anos setenta, oitenta, noventa, e ficamos extremamente empobrecidos. Nos últimos tempos, felizmente, começou a haver alguma recuperação: a RBS abriu o Diário Gaúcho, e a Rede Pampa teve a coragem - o que muitos duvidaram, Paulo Sérgio, durante muito tempo - de criar um novo jornal. Mais do que criar um novo jornal - tínhamos tido algumas experiências, uma delas chegou a durar uma semana, que foi o Diário do Rio Grande -, foi capaz de construir um prédio, de montar uma oficina e de buscar toda uma tecnologia que possibilitasse, mais do que um jornal, uma experiência editorial, uma proposta gráfica ainda em construção, por certo, mas que igualmente vai além de algumas experiências de jornalismo que já tivemos em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul. Então, aquele conjunto de jornais que era grande, que havia diminuído, que apresentava uma variação de linhas ideológicas, que tinha sumido, quase se reduzido a dois grandes blocos, hoje começa, de novo, a se diversificar. Acho que entre os vários Vereadores, a Ver.ª Maristela Maffei se referia, aqui, à possibilidade, à importância de termos diferentes visões dos mesmos fatos. Acho que a Casa, especialmente, tem uma relação altamente positiva com O Sul, temos tido a possibilidade de os Vereadores serem notícia, que é uma coisa muito difícil, às vezes, no espaço de outras publicações.

O meu tempo, ao findar, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, permite-me apenas fazer dois últimos registros importantes, do meu ponto de vista como Vereador e do meu ponto de vista como um jornalista, que jamais deixei de ser jornalista ao longo desses vinte anos de mandato. Primeiro, o mercado de trabalho. Sempre que aparece um novo jornal, isso para nós é fundamental como jornalistas, como profissionais. Em segundo lugar, o projeto editorial, o projeto gráfico do O Sul é uma experiência nova, uma experiência que está em construção, mas é uma experiência que, sobretudo, chama a atenção porque leva avante, leva além a tradição dos tablóides do Rio Grande do Sul. Realmente, O Sul começa a inovar graficamente, começa a propor alguma coisa diferente para além da tradição de tablóide, que está muito bem resgatada pelo Valter Galvani na história da Folha da Tarde.

Concluo, Sr. Presidente, esperando que O Sul seja vitorioso, que os seus responsáveis tenham a coragem de manter a idéia de que o investimento num jornal é longo, ele precisa de tempo para maturar e que, sobretudo, os nossos colegas possam manter o trabalho que todos nós estamos admirando, estamos acompanhando no dia-a-dia. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Sr. Paulo Sérgio Pinto, Vice-Presidente da Rede Pampa de Comunicações, está com a palavra.

 

O SR. PAULO SÉRGIO PINTO: Meu caro Presidente em exercício na Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. Carlos Alberto Garcia, pedimos que V. Ex.ª transmita um grande abraço ao Presidente José Fortunati; caro companheiro, amigo Rafael Gadret; querido amigo, colega e também uma pessoa que, ao longo desses anos, me sensibilizou pela sua liderança, pela sua capacidade de aglutinador, que é o Ver. Cassiá Carpes, proponente desta homenagem; agradeço aos Vereadores Adeli Sell, Valdir Caetano, Maristela Maffei, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Luiz Braz, Isaac Ainhorn, Ervino Besson, Antonio Hohlfeldt, pelas palavras carinhosas. Eu quero agradecer à Câmara de Vereadores de Porto Alegre por este agradável momento, por este momento que leva O Sul para a história desta Cidade e que, por certo, fará constar dos Anais desta Casa o seu primeiro ano de vida.

Eu poderia começar este pronunciamento fazendo uma pergunta: a quem O Sul faz mal? Mas o momento não é para isso; interessa a quem O Sul faz bem. E eu quero começar pelos nossos colegas que aqui estão presentes. Eu começaria pelo Ricardo Madaleno, que é o último da fila, ou o primeiro, que é o homem que comanda toda a nossa a área industrial; O Sul faz bem aos gráficos. Na seqüência, eu vejo a nossa colega do marketing, a Maria Eduarda; O Sul faz bem aos “marqueteiros” do Rio Grande do Sul. Desço para a fila seguinte e vejo Núbia Silveira, de tantas glórias e tantas tradições no jornalismo do Rio Grande do Sul, que comanda toda essa equipe como editora-chefe do jornal; eu diria que O Sul faz bem aos jornalistas do Rio Grande do Sul. Vejo o Cássio Matos, que é o nosso diagramador-chefe, que é um dos grandes nomes das grandes expressões artísticas do meio jornalístico do Estado e vejo os nossos colegas do jornalismo, os nossos colegas da área comercial; O Sul faz bem aos publicitários gaúchos. Vejo o Júlio Sortica, que também é uma das grandes expressões do jornalismo do Estado, comandando a área esportiva e projetando; O Sul faz bem aos desportistas gaúchos, aos atletas do Rio Grande do Sul, porque no O Sul o esporte encontrou maior divulgação. Vejo o Ronaldo Fonseca, que comanda a OPEC do jornal; O Sul faz bem àqueles moços - alguns estavam desempregados, outros vieram de outros veículos, abrindo espaço, nesses outros veículos para profissionais desempregados. Lá está o Gonzaga, lá está o Mauro Mattos, que comanda os nossos repórteres fotográficos; O Sul faz bem aos repórteres fotográficos. Depois, o nosso Diretor Técnico, Rudinei Fonseca; a esse grupo de profissionais O Sul faz bem. Vejo os nossos companheiros da área administrativa, comandados pelo Luiz Heleno Müller; O Sul faz bem ao setor de administradores do Rio Grande do Sul, aos contabilistas, aos economistas que lá estão trabalhando. Na área de Recursos Humanos o nosso Edgar Martinez, que também aglutina todo o setor voltado para o recursos humanos; o Cláudio, do marketing; o José Angelo Pizzutti, das nossas FMs, o Alexandre Gadret - eu brinco que o Rafael e o Alexandre são os nossos príncipes herdeiros, são os dois filhos do Gadret, que tocam toda a área de Informática, responsáveis pelo avanço tecnológico nessa área tão importante, definitivamente importante dos veículos de comunicação. O Vanderlei Ruivo comanda o SBT no interior do Estado. Para quem não sabe, nós temos, nas nossas geradoras de televisão e nas nossas retransmissoras, duas bandeiras: nós temos a bandeira da Record para Porto Alegre, serra e litoral, e temos a bandeira do SBT para todo o interior do Estado do Rio Grande do Sul. Lá está o Jorge Bernardes - que veio do Correio do Povo, abrindo emprego lá, porque outro foi substituí-lo -, que comanda todo o nosso grupo de jornaleiros-entregadores. Vejo os nossos colegas do comercial de rádio, do comercial de televisão. Portanto, O Sul faz bem a inúmeros setores da atividade econômica do Rio Grande do Sul. O Sul foi gerador de empregos, O Sul foi gerador de tecnologia, O Sul inovou e modernizou.

Eu quero cumprir um dever de justiça: citar Rafael Gadret, nosso grande tocador de obras. Esse homem esteve a frente do projeto de construção do jornal, esteve a frente da consecução do jornal. A ele eu rendo as minhas homenagens, e quero citar a origem tanto do Rafael como do Alexandre, porque conheço a família, aprendi a admirar, gostar e ter amor por essa casa e por essa família, onde está, à testa, o Otávio e a Sandra Gadret. O Otávio Gadret é um investidor, ele construiu essas dez emissoras de rádio, esses oito canais geradores de televisão com sede em Pelotas, Rio Grande, Santa Maria, Ijuí, Carazinho, Passo Fundo, Caxias e Porto Alegre, com cinqüenta e duas retransmissoras, e construiu isso passo a passo, amealhando os recursos conquistados no Rio Grande do Sul e até fora dele, para construir, aqui, no Rio Grande do Sul, o segundo grupo de comunicação do Estado e o sexto do Brasil. Por isso, nós funcionários da casa, temos um imenso orgulho em apresentar esse filhote mais novo ao mercado do Rio Grande do Sul, que leva o nome de nossa região com uma homenagem a quem ajudou a construir o Grupo. O jornal é O Sul, é do Sul e é feito para o Sul. É importante destacar isso. É um jornal de gaúchos para gaúchos. É um jornal que a par da sua capacidade tecnológica tem a pretensão, sim, de dizer que é um jornal-revista. Essa condição nós temos, porque temos tecnologia a qual se faz com pessoas capazes para a consecução do projeto.

Ao destacar Otávio Gadret, eu quero justificar a sua ausência aqui, neste momento. O Gadret hoje é um dos dirigentes da ABERT e, em uma eventualidade importante, ele está defendendo o nosso setor fora daqui e pede que eu transmita para as Sr.ªs e Srs. Vereadores de Porto Alegre e ao meu caro Presidente Carlos Alberto Garcia, um grande abraço e o grande agradecimento, demonstrando, claramente, a sua honra por o jornal O Sul estar sendo homenageado neste momento.

A quem O Sul faz bem? Não é só aos grupos aos quais O Sul empregou; O Sul faz bem à sociedade pluralista, àquela que, meu caro colega João Antonio Dib – e quando eu falo colega é porque somos engenheiros desempregados -, faz bem à sociedade do Rio Grande do Sul, pela pluralidade de informação, pela pluralidade de opinião e pelos espaços que abre até na própria concorrência que gera para o Estado, para o Município e para empresas, proporcionando que se possa ter um parâmetro de valor de publicidade, coisa que há bem pouco tempo nós não tínhamos; construíam os monopólios. O O Sul faz bem à sociedade do Rio Grande do Sul em todos os ângulos que nós olharmos. Eu não quero nem saber a quem o O Sul faz mal, mas eu quero saber a quem o O Sul faz bem. E neste momento em que nós estamos aqui, meu caro Cassiá Carpes, reunidos, eu sinto pelo sorriso, pelo pronunciamento e pelo carinho de todos os Srs. Vereadores, que o O Sul faz bem a esta Casa. E eu tenho certeza de que a homenagem prestada não é porque o Cassiá é um funcionário da Pampa, não é porque os senhores estão pretendendo ser mais noticiados; é porque os senhores reconhecem que o O Sul terá a capacidade, como tem demonstrado até aqui, de trazer a pluralidade na informação e na opinião, diversificando o jornalismo do Rio Grande do Sul, criando um estado novo de existência para toda a nossa comunidade. É por isso que eu quero proclamar aqui, a honra, o orgulho, em nome de todos os nossos diretores, gerentes, empregados de todas as áreas, porque nós estamos muito felizes, não somente com este primeiro ano que se completará no dia 02, mas muitíssimo felizes com esta homenagem que nos está sendo prestada. E podemos anunciar algumas novidades aqui, que surgirão em benefício do meio político, do cenário político do Rio Grande do Sul, porque breve a rádio Pampa, que hoje está em duas freqüências, 780, 970, e que ocupa hoje também uma das posições de liderança em nosso Estado, em breve voltará a ter o seu prefixo, como uma rádio independente, talvez a primeira rádio projetada, definida e voltada para o jornalismo, emergindo da própria redação de O Sul, onde terá o seu estúdio. A Rádio 970 cuidará da mesma forma que a 780, vinte e quatro horas por dia, só que aí cuidando plenamente do esporte. Teremos uma emissora plenamente jornalística abrindo mais espaços para as senhoras e os senhores, e outra plenamente esportiva. Eu acho que esta notícia complementaria aquele segmento, Rafael, que nós queremos empreender em nossas empresas de jornalismo, com rádio – a rádio Pampa -, com dois prefixos, TV Pampa e O Sul.

Continuando, meu caro Záchia, a nossa trajetória de liderança é também no rádio-lazer, onde, das cinco primeiras FMs do Rio Grande do Sul, segundo o Ibope, quatro são nossas: a mais ouvida do Rio Grande do Sul, a 104; a terceira mais ouvida, a Eldorado; depois a Jovem Pan, que também pertence ao grupo, e a Continental, que é a quinta colocada e lidera na classe A/B acima de vinte e cinco anos. Lideramos o geral, lideramos o popular, lideramos entre os jovens e lideramos também na classe A/B acima de vinte e cinco anos.

Quero, para finalizar, dizer que, com o apoio de toda a comunidade do Rio Grande do Sul, dos Srs. Vereadores, que “O Sul está de vento em pampa”. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Queremos registrar a visita orientada da Escola Municipal Professor Thiago Würth, de Canoas. São quarenta alunos, da 6.ª a 8.ª séries, sendo dirigidos pelas Professoras Carmem Garay e Miriam Dias.

Prezado Jornalista Paulo Sérgio Pinto, Rafael Gadret, quero dizer, em nome da Câmara Municipal de Porto Alegre, da satisfação que sentimos por estar nesta manhã comemorando o primeiro aniversário do jornal O Sul. A proposta de homenagem, do Ver. Cássia Carpes, foi votada por unanimidade, mas há algo de singular nesta homenagem: não é muito comum homenagearmos um jornal, ou uma entidade que completa um ano, mas o jornal O Sul, por tudo o que foi dito, ele tem uma característica, e eu ousaria dizer que o jornal O Sul é um jornal precoce, porque é um jornal que nasceu adulto. Também gostaria de dizer - foi ventilado pelos demais Vereadores - que, sem sombra de dúvida, o jornal O Sul é o melhor jornal de visual do Estado do Rio Grande do Sul. Portanto, recebam, mais uma vez, a homenagem dos trinta e três Vereadores que, aqui, na Casa do Povo, é o reconhecimento da Cidade de Porto Alegre por aquilo sobre que o Paulo Sérgio Pinto transcorreu no sentido técnico do jornal O Sul. E nós, como leitores e apreciadores, pudemos dizer o que nós vemos, sentimos e, com certeza, pudemos emitir a nossa opinião.

Recebam, mais uma vez, em nome da Casa, as nossas congratulações. Esperamos cada vez mais sucesso, porque quem ganha com isso não é só a nossa imprensa, mas sim a população da Cidade e do nosso Estado. Muito obrigado.

Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 10h40min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum – às 10h42min): Estão reabertos os trabalhos. Apregoamos o PR n.º 60/02, Processo n.º 1078/02, de autoria do Ver. Paulo Brum.

A Ver.ª Maria Celeste está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Marcelo Danéris.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, em exercício, Ver. Paulo Brum, gostaria de cumprimentar o jornal O Sul pelo seu aniversário e pelo seu brilhante desempenho durante todo esse ano.

Mas o tema que eu gostaria de abordar hoje é um tema que nos preocupa muito, que é a questão da criança e do adolescente no município de Porto Alegre.

Nós temos feito algumas discussões na Comissão de Educação e Cultura relacionadas principalmente com a questão da educação infantil. Nós tivemos um Seminário, na Comissão, no início do mês de junho, onde abordamos a questão do educador popular nas creches comunitárias: Qual é o papel desse educador popular nas instituições da educação infantil no município de Porto Alegre?

Nós tivemos a presença da Jussara Luck, que trabalhou essa questão com o grupo de alunas da Escola Emílio Meyer, escola que atualmente tem quatro turmas que fazem a formação dos educadores dessas creches comunitárias de Porto Alegre, que não têm a formação necessária, ainda, prevista em Lei, ou seja, o ensino de segundo grau. Tem duas turmas: a que não têm o ensino de segundo grau e aquelas que já fizeram o segundo grau, mas não têm a formação pedagógica, não tem a formação da educação do magistério, do antigo Normal, para que possam estar efetivamente trabalhando numa regulamentação legal, necessária, que pede a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Nós tivemos relatos importantes dessas educadoras, porque são mulheres, na sua maioria, que estão quotidianamente atendendo às crianças, principalmente, das creches comunitárias; são educadoras essas que precisam estar se realimentando, precisam da formação, não só pelo aspecto legal disso, mas principalmente precisam dessa formação para dar continuidade ao seu trabalho e, mais do que isso, para fazê-lo com qualidade no ensino infantil. Essa é uma preocupação que a Comissão trouxe para esta Casa, e certamente no segundo semestre nós vamos estar abordando esse tema novamente, vamos estar conversando novamente com as educadoras, com a Secretaria de Educação, já que é essa responsável por esse setor, para que, realmente, se possa qualificar as educadoras das creches populares de Porto Alegre.

Nós temos cento e vinte creches no Município, cada uma com aproximadamente dez, quinze educadoras. E vejam só o problema que nós temos em Porto Alegre: até 2006 nós temos de estar regulamentados perante a nova Lei. Então, é um problema sério, que diz respeito à infância de Porto Alegre.

Ontem, também, rapidamente, na Comissão, nós fizemos uma avaliação. Estavam presentes o Ver. Mauro Zacher, que é Suplente, e o Ver. Juvenal Ferreira que também assumiu ontem, mais a Ver.ª Sofia Cavedon e o Ver. Fernando Záchia que a compõem. Fizemos uma rápida avaliação e uma perspectiva para o próximo semestre. Nós queremos continuar, na Comissão de Educação, tratando os temas, como a questão das universidades, a questão que o Ver. Mauro Zacher levantava de nós podermos estar fazendo um debate com os alunos das universidades a respeito do crédito educativo. Nós vamos estar, então, no próximo semestre pautando esses temas. Além dos que já havíamos pensado, vamos fazer também um seminário sobre a cultura, sobre o esporte, nesta questão que é super importante para Comissão para o próximo semestre.

Queria também informar que, na próxima semana, nós estaremos fazendo uma visita a uma escola municipal, que todos nós já conhecemos, que tem uma orquestra de flautas.

Desde já, estendo o convite a todos os Vereadores que quiserem participar. A visita será na quarta-feira à tarde. Nós estaremos lá conversando com os professores, com os alunos, trabalhando e escutando para sabermos como fazem o resgate da criança e do adolescente, trabalhando numa outra perspectiva educacional, que é a questão da música, que é a questão da orquestra, como já presenciamos várias vezes aqui nesta Casa. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Paulo Brum, Srs. Vereadores, Sr.ªs Vereadoras, senhoras e senhores, vou pedir a atenção especial da bancada petista, Ver. Marcelo Danéris, porque estamos recebendo aqui representantes daqueles que são ligados às empresas distribuidoras de gás de cozinha. Nós aprovamos a Lei n.º 8.880 que, no seu art. 3.º, estabelece que o serviço de venda domiciliar de gás engarrafado somente poderá ser realizado no horário entre as 10 e 14 horas. Nós cometemos, ao aprovar esse art. 3.º, duas falhas. A primeira é que nesta venda domiciliar de gás, não ficou ressalvada a televenda. Como não ficou ressalvada a televenda, os fiscais da SMIC começaram a multar os caminhões que se dirigiam às casas para fazer a simples entrega de gás. O fiscal da SMIC ficou numa situação muito difícil, pois é difícil estabelecer quem é que estava fazendo venda a domicílio e quem é que estava fazendo entrega de gás. Então, é uma lei confusa. O texto é ruim e, portanto, de difícil cumprimento. Acredito até que, como o texto ficou muito ruim, um mandado de segurança serviria para derrubar a medida. Eu acredito também – o Ver. Marcelo Danéris, como Liderança do Partido da situação, já está cuidando disso – que nós podemos tomar duas medidas que acho importantes. Em primeiro lugar, pedir que os fiscais da SMIC não cumpram com esta legislação por um prazo de sessenta dias. Acredito que seria o prazo necessário, já que nós vamos entrar em recesso, para que se estudasse, juntamente com os distribuidores de gás, uma faixa de horário mais flexível. Porque estão sendo prejudicados tanto os distribuidores, que, afinal de contas estão com os caminhões parados, com os empregados parados, quanto a população, porque hoje nós não podemos telefonar para a empresa de gás e solicitar a entrega de um botijão a domicílio, porque, se o caminhão sair do estabelecimento em direção à casa que fez o pedido, pode ser multado no caminho por um fiscal da SMIC. Então, a situação é ruim, tanto para quem faz a distribuição quanto para a sociedade, que acaba também sendo prejudicada. Temos de estudar uma alteração. A legislação foi malfeita, mal-elaborada, e esta Casa tem de reconhecer isso. Causa uma grande confusão na cabeça do próprio fiscal da SMIC, no sentido de discernir quem é que está fazendo telentrega e quem está fazendo venda a domicílio. Acho que essa simples confusão da lei já poderia fazer com que, no Judiciário, as empresas pudessem continuar operando normalmente, principalmente se alegarem sempre telentrega. Acho que isso poderia acontecer, já que a telentrega não está ressalvada no texto de lei. Mas, acredito que, com a intervenção da Liderança petista, nós poderíamos também resolver isso sem passar pelo Judiciário, alargando simplesmente esse prazo, fazendo com que esses operadores do serviço de entrega de gás possam continuar trabalhando normalmente, de modo que a população não seja prejudicada. Mais do que isso, solicito à Liderança petista que, em contato com os órgãos do Executivo, possamos trabalhar para anular essas multas que foram aplicadas. São multas injustas, são multas que não deveriam ser aplicadas, muitas dessas multas foram aplicadas em pessoas que estavam fazendo o serviço de telentrega, e a telentrega não está configurada neste texto de lei. Acredito que é de bom alvitre, que é bom para a Casa, é bom para a Cidade, é bom para a sociedade que possamos realmente trabalhar para alargar o prazo, para fazer com que as multas percam a validade e também para que possamos estabelecer novos prazos a fim de que toda sociedade possa ser beneficiada com a alteração desta lei. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, apenas para responder à Liderança do PFL, ao Ver. Luiz Braz, que a Liderança do PT, em conversas com a Associação dos Distribuidores de Gás, com o Sindicato dos Trabalhadores na Distribuição de Gás, propôs que façamos uma conversa com o Sr. Secretário da SMIC, Paulo de Tarso, também com a Ver.ª. Maristela Maffei, proponente da Lei, para que, juntos, possamos adequar o Decreto do Executivo, alongando este prazo, também colocando mais clara a questão da telentrega do gás e também protegendo esses que executam o trabalho em Porto Alegre para sejam respeitados apenas os distribuidores que estão fixados em Porto Alegre, que não permitam a entrada de outros distribuidores da Grande Porto Alegre. O Executivo está sensível a isso, a Bancada do PT está sensível a isso, e tenho certeza de que com o conjunto da Casa, e nessa reunião nós vamos adequar o Decreto e a Lei em tempo hábil sem prejudicar nem a população, nem os trabalhadores, nem as distribuidoras. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. 1087/02 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 061/02, de autoria do Ver. Paulo Brum, que concede o troféu Honra ao Mérito ao Senhor Mario Fernando Degani.

 

PROC. 2300/02 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 087/02, de autoria da Mesa Diretora, que altera a Resolução nº 1.559, de 22-08-2001, que institui estágio curricular para estudantes de estabelecimentos de ensino médio e superior na Câmara Municipal de Porto Alegre.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. 0311/02 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 039/02, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que concede o prêmio literário "Érico Veríssimo" ao Escritor Sérgio Conceição Faraco.

 

PROC. 0312/02 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 040/02, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que concede a Comenda Pedro Weingärtner  a Danúbio Villamil Gonçalves.

 

PROC. 2002/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 122/02, de autoria do Ver. Adeli Sell, que dispõe sobre o licenciamento do comércio e prestação de serviços de produtos ópticos e afins no Município de Porto Alegre.

 

PROC. 2103/02 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 078/02, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Senhor Francisco Paulo Sant'Ana.

 

PROC. 2114/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 127/02, de autoria do Ver. Estilac Xavier, que denomina Rua Altos da Amapá um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Vila Nova.

 

PROC. 2144/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 047/02, que autoriza a alienação de imóvel sito no acesso da Estrada das Quirinas, 777, Bairro Belém Novo, Porto Alegre, matriculado  no Registro de Imóveis da 3ª Zona, sob o nº 96.130, e dá outras providências.

 

PROC. 2145/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 048/02, que autoriza a alienação de imóvel sito na Rua Aneron Correa de Oliveira, 183, Matrícula 27.967 do Registro de Imóveis da 3ª Zona, de Porto Alegre, e dá outras providências.

 

PROC. 2146/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 049/02, que autoriza a alienação de próprio municipal localizado entre as Ruas Desembargador Esperidião Lima Medeiros e Gen. Nestor Silva Soares, passagem de pedestre nº 03 do Loteamento Três Figueiras.

 

PROC. 4240/01 - SUBSTITUTIVO Nº 01, que autoriza o Poder Executivo a implantar quatro postos de atendimento à saúde 24 horas, distribuídos nas áreas de maior densidade populacional, nas zonas Norte, Sul, Leste e Oeste do Município, ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 285/01, ambos de autoria dos Vereadores Dr. Goulart e Maria Luiza Suarez.

 

PROC. 2157/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 128/02, de autoria do Ver. Beto Moesch, que dispõe sobre a proibição de queimadas no Município de Porto Alegre e dá outras providências.

 

PROC. 2228/02 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 081/02, de autoria da Mesa Diretora, que institui comissão temporária denominada Comissão Técnica de Assessoria Urbanística, cria cargos em comissão de Assessor Técnico Especial no Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências.

 

PROC. 2229/02 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 082/02, de autoria da Mesa Diretora, que institui a Gratificação de Incentivo à Produtividade aos funcionários da Câmara Municipal de Porto Alegre, detentores de cargos para cujo provimento não seja exigida escolaridade de nível superior completo e dá outras providências.

 

PROC. 2230/02 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 083/02, de autoria da Mesa Diretora, que cria cargo no Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências.

 

PROC. 2264/02 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 086/02, de autoria da Mesa Diretora, que institui, na Câmara Municipal de Porto Alegre, quota básica mensal de custeio a materiais, serviços e periódicos para uso das Comissões Permanentes e dá  outras providências.

 

3ª SESSÃO

 

PROC. 2057/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 125/02, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que institui a Semana Municipal de Luta contra a Violência e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e dá outras providências.

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu quero discutir um Projeto de minha autoria sobre a regulamentação da atividade das ópticas no município de Porto Alegre, porque hoje nós estamos encontrando muitos e muitos problemas. Ainda hoje de manhã, eu discutia com o pessoal da Associação dos Motoentregadores, que também tem um projeto que é uma continuidade do Projeto da Ver.ª Helena Bonumá, um aperfeiçoamento que eu debati com ela. Estou compartilhando essa questão com a nossa colega Vereadora, hoje Secretária de Governo, e dizia que toda a informalidade leva, necessariamente, às ilegalidades. Eu vou repetir, porque alguns Vereadores não concordam: toda forma de informalidade leva à ilegalidade. Isso não significa que todos os informais acabem sendo ilegais, mas a atividade informal necessariamente leva a um processo de ilegalidades. Por isso é importante, Ver. Pedro Américo Leal – abre-se uma porta, e eu diria que aqui no Rio Grande do Sul estão-se abrindo porteiras -, que se combatam as ilegalidades. Tem sido uma das minhas marcas combater as ilegalidades. Eu estou, inclusive, abrindo um processo de trabalho, no meu gabinete, que estou denominando de “teleilegalidades”. As pessoas podem ligar para o meu gabinete, fazer as denúncias de ilegalidades, e, pelo e-mail do meu gabinete, estou iniciando o que alguns já fazem com o i-comerc; eu estou fazendo o “i-ilegalidades”, ou seja, por e-mail ou por telefone combater as ilegalidades.

Hoje nós já temos a grande ilegalidade da venda dos óculos de grau nas bancas de camelôs do Centro da Cidade, o que é uma afronta; e me admira, inclusive, que haja gente nesta Casa dando suporte a esse tipo de atividade. Nós tivemos um debate, recentemente, aqui, houve um confronto, e nós fomos inclusive achincalhados por algumas pessoas que fazem trabalho informal no Centro da Cidade, mas, felizmente o Plenário se dividiu e nós temos, hoje, um grande contingente de trabalhadores honestos e decentes na Cidade. Os camelôs que estão fazendo essa diferenciação estão vindo para o debate, estão aceitando a nossa proposição, que também é do Ver. João Carlos Nedel e do Executivo, de fazer o mercado popular.

No caso das ópticas, queremos o acompanhamento de um técnico responsável, como temos hoje nas farmácias e não podemos compactuar, inclusive, com algumas lojas tradicionais de Porto Alegre que “marqueteiam” esse tipo de produto, e que, na verdade, não tem um responsável técnico, não são ópticas de verdade. Nós temos de combater a ilegalidade, da pequena à grande ilegalidade, passando pelas “sacoleiras de luxo”, que fazem publicidade em revistas de luxo. Nós vamos levar à barra do imposto de renda, porque tem gente famosa fazendo a falcatrua que qualquer muambeiro faz, e não podemos fazer distinção de classe. O que é ilegal é ilegal, seja por parte do rico, seja do pobre. Nós temos de colocar a legalidade para todo mundo, porque as leis devem ser universais. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Srs. Vereadores e Sr.ªs Vereadoras, com muita alegria, queremos registrar o comparecimento, nesta manhã, da comitiva do Sr. Prefeito de Encarnación, do Paraguai.

A delegação é composta por vinte e seis membros: Vice-Prefeito Rogelio R. Benitez V.; Vice-Reitor Hildegardo González I.; Ver.ª Maria T. Del Puerto F., Ver. Ricardo Wander C.; Ver. Julio C. Arevalos O. e o Ver. Oscar N. Martínez.

Fazem parte também da delegação: Maria De L. Florentin B., esposa do Sr. Vice-Prefeito; Julian Vargas G., Marta M. Garcia B., Gustavo Ferreira B., Amalia D. Medina M., Eduardo V. Florentin B;. Joel O. Maidana V., Carlos A. Harms C., Luis T. Bogado A., Javier S. Mangiafico F., Ferlina M. Paredes A., Jorge E. Florentín B., Rosanna M. L. Rienzzi de F., Maria E. González F., Melissa F. Ortiz de E., Sofia C. Scheid V., Lorenzo Arguello e Alberto Cristaldo V.

Sr. Prefeito, quero dizer da alegria que sentimos, Câmara Municipal, os trinta e três Vereadores, por poder recebê-los nesta manhã. Sabemos dos inúmeros contatos que V. Ex.ª tem feito com o Governo Municipal e esperamos que se sintam em casa.

Gostaríamos que V. Ex.ª utilizasse a tribuna para uma saudação aos Srs. Vereadores.

O Sr. Rogelio R. Benitez V., Prefeito de Encarnación, está com a palavra.

 

O SR. ROGELIO R. BENITEZ V.: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, gostaria de dizer que é um prazer para nós visitarmos este Parlamento do povo que, também, constitui uma alta distinção. Representamos um município da República do Paraguai chamado Encarnación, distante 360km da Capital.

Hoje, chegamos a esta Cidade e fomos recebidos como irmãos. Para nós, é uma experiência inigualável poder receber, não-somente as experiências com relação às atividades municipais que a cidade de Porto Alegre desenvolve, mas o calor e a hospitalidade de sua gente. Também nos honra sermos recebidos pela Câmara de Vereadores, nesta Sessão que nos permite dirigir algumas breves palavras que não apontam outra coisa a não ser a irmandade latino-americana, sobretudo a concepção de povos que têm origens similares e toda uma tradição de história e cultura próximas e que nos permite, integrantes do MERCOSUL, nos fortalecermos como bloco e enfrentarmos os desafios que existem nesta parte do Continente, com respeito ao nosso futuro.

As experiências em matéria de educação, em matéria de saúde, as experiências no trabalho social que Porto Alegre tem realizado, para nós, são muito valiosas. E vão ser aplicadas, guardando as distâncias, também para a solução de problemas que hoje são comuns em nosso povo: a luta contra a ignorância, contra a pobreza, contra a miséria, a luta contra a corrupção, contra a impunidade, são problemas que, hoje, são comuns para os nossos povos. E, na medida em que as nossas autoridades entendam que os desafios são comuns e possam estreitar relações, cerrar fileiras, para enfrentar esses desafios, vamos estar ganhando uma comunidade mais fortalecida para a solução desses problemas.

O Brasil é um exemplo de desenvolvimento para o mundo inteiro. Nós, como componentes do MERCOSUL, nos sentimos orgulhosos de ser parte desta parte do Continente. E, como os grandes são humildes, sentimos a humildade de vocês, hoje, ao nos permitirem chegar a este recinto. E não queremos deixar Porto Alegre sem lhes transmitir o nosso agradecimento pela hospitalidade, o agradecimento pela amabilidade com que nos têm recebido e, sobretudo, fazer votos para que, no domingo, um representante do MERCOSUL, o Brasil, seja Pentacampeão do futebol mundial. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Prezado Prefeito Rogelio Benitez, queremos lhe agradecer pela sua estada aqui em Porto Alegre, com a sua comitiva. E gostaríamos, em nome dos Vereadores, de entregar-lhe um pequeno mimo, mas que representa, e muito, a cidade de Porto Alegre, as suas fotos e as suas belezas que muito nos orgulham, pois dizemos que temos o mais belo pôr-do-sol, aqui, ao lado, no Guaíba.

 

(É feita a entrega do material sobre Porto Alegre.) (Palmas.)

 

A Sr.ª Maria T. Del Puerto F. está com a palavra.

 

A SRA. MARIA DEL PUERTO F.: Sr. Presidente da Câmara de Vereadores, Ver. Carlos Alberto Garcia, Srs. Vereadores e, em especial, Sr.ªs Vereadoras, que estão trabalhando arduamente. É um prazer estar percorrendo toda a Cidade, as pessoas são muito hospitaleiras, também os Vereadores que nos receberam, e queremos, por tudo isso, agradecer-lhes por este pequeno tempo que nos concedem e por nos receberem.

Realmente, é muito bom visitar a Cidade de vocês e não queremos lhes roubar mais tempo. Em nome da honorável junta municipal da Cidade de Encarnación, Paraguai, queremos entregar ao Presidente esta pequena e humilde recordação que vamos deixar a todos vocês. É uma humilde e pequena recordação, mas, de coração, é muito grande. Muito obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Queremos agradecer a todos pela presença, sabemos que vocês têm uma agenda muito longa para ser cumprida em nossa Cidade e suspendemos a Sessão para as despedidas.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 11h12min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum – às 11h15min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, hoje, última sessão plenária do primeiro semestre, nós temos dezessete projetos na Pauta e oitenta na Ordem do Dia. Ou nós trabalhamos muito, ou trabalhamos pouco, ou trabalhamos mal, o certo é que há oitenta projetos na Ordem do Dia.

O Ver. Adeli Sell trouxe a sua colaboração para resolver o problema das óticas em Porto Alegre. Mas eu devo dizer que, fico profundamente triste, se forem verdadeiras as afirmações que aqui estão de que as óticas não têm responsável técnico, o Município retrocedeu. O Município só recebe dinheiro do SUS, centenas de milhares de reais, e não faz nada para a saúde do porto-alegrense, porque eu conheço óticas desde que cheguei em Porto Alegre; eu tinha um amigo cujo pai tinha uma ótica, e ele tinha um responsável técnico por aquela ótica. Será que agora as óticas não têm mais responsáveis técnicos? Eu fico realmente preocupado, mas, como isso é dito pelo Ver. Adeli Sell, eu creio que seja verdade, porque ele não traria uma informação incorreta, mas isso me leva a pensar que a Secretaria da Saúde não está nem um pouco preocupada com a saúde dos seus munícipes.

 

O Sr. Adeli Sell: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Antonio Dib, em números, em percentuais redondos, 40% das óticas instaladas em Porto Alegre não têm responsável técnico, pois muitas se travestem de óticas e se instalam em megashoppings, etc. Lá há material fotográfico, há material disso, material daquilo e muito marketing, marketing e marketing, mas responsável técnico para ler o que o oftalmologista faz não existe. Eu recebi uma denúncia aqui, dentro desta Casa, de um funcionário que foi trocar a sua lente e lá foi dito – lá havia um responsável técnico – o seguinte: “A sua lente não é a que lhe venderam, o senhor foi logrado.” Então, nós temos de estar muito atentos, porque estamos vivendo no mundo das ilegalidades e queremos combater isso. Eu fico feliz porque V. Ex.ª dialoga conosco a partir do nosso Projeto de Lei.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Nobre Ver. Adeli Sell, ilegalidade maior é a Secretaria Municipal de Saúde que não procura saber o que está acontecendo com os seus munícipes, só quer criar cargos, só quer fazer cartas-contrato, e não procura saber o que há com os munícipes. Mas isso é uma barbaridade, porque, quando eu cheguei em Porto Alegre, nem se falava em Secretaria de Saúde, ela é recente. Agora, existe lá uma equipe enorme, cheia de gente boa, gente competente, mas por que o munícipe está sujeito a colocar os seus olhos nas mãos de pessoas que não têm capacidade? Eu fico profundamente triste que se tenha de fazer lei para dizer: “Seja correto, seja honrado, cumpra com o seu dever.” Mas isso não existe, eu penso que tinha de fechar a Secretaria de Saúde, porque, quando eu conheci a Prefeitura, havia o Pronto Socorro, a Secretaria Municipal de Educação e Assistência, a qual estava subordinado o Pronto Socorro, mas tudo funcionava nesta Cidade! Agora nós temos uma Secretaria toda montada, cheia de gente, e querem criar mais secretarias? Eu penso que secretarias são um atraso na vida pública do porto-alegrense, porque, quando não havia a Secretaria de Saúde, todas as óticas tinham responsáveis, e agora fico sabendo, pelo Ver. Adeli Sell, que 40% não têm responsável técnico. É de se meditar. Saúde e paz! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras, Srs. Vereadores, nós hoje temos, como o Ver. João Dib falou, inúmeros Projetos em Pauta. Entre eles alguns projetos importantes de iniciativa da Mesa Diretora; um que cria uma comissão especial e temporária, uma Comissão Técnica de Assessoria Urbanística, porque nós, neste ano, teremos a revisão do nosso Plano Diretor; é um assunto da maior profundidade, da maior importância e nós precisamos ao menos ter uma comissão especial temporária para analisar, para estudar com profundidade esses assuntos. Também temos alguns de interesse dos senhores funcionários e um especial, do meu amigo e colega de Bancada Beto Moesch, que dispõem sobre a proibição das queimadas do município de Porto Alegre.

Como hoje é o último dia antes do recesso, vou fazer esta discussão de Pauta muito rápida para, justamente, ganharmos tempo para votar os projetos importantes de interesse da nossa Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras, Srs. Vereadores, nesta última Sessão Legislativa do primeiro semestre nós verificamos a presença de grande número de proposições em segunda e terceira Sessão. Dentre essas, chamam-me a atenção dois tipos de proposições; a primeira delas, do Ver. João Antonio Dib, que outorga, por deliberação desta Casa, o título de Cidadão da Cidade ao Jornalista Paulo Sant’Ana, que é alguém que acompanho há alguns anos. Não sei se o Ver. João Antonio Dib lembra de como surgiu essa figura que, agora, ele homenageia, mas foi num Gre-Nal de 1961, quando o Inter quebrou uma hegemonia de muitos anos do Grêmio, e no último Gre-Nal o Grêmio derrotou o Inter por três a dois, três gols de Juarez, dois de cabeça. Em 1962, o Grêmio foi supercampeão. E em 1961, o Inter foi Campeão Estadual, e o Paulo Sant’Ana, no último Gre-Nal, no mês de dezembro, ingressou - o Inter vencia por dois a zero e o Grêmio fez uma reviravolta no jogo e fez três gols de cabeça, ganhando o jogo - no estádio vestido de Papai Noel de azul. A partir dali, especialmente com o convite que recebeu de Cândido Norberto para participar do programa Sala de Redação, no ano de 1972, ele passou a desenvolver a atividade jornalística e depois teve toda essa atividade pública como Vereador, como jornalista e como um cidadão da Cidade, em boa hora homenageado pelo Ver. João Antonio Dib.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Juarez Pinheiro, o Ver. Paulo Sant’Ana tem pareceres e posicionamentos nesta Casa que serviriam de exemplo, se alguns Vereadores procurassem ler o passado, para momentos como os que hoje vivemos. Realmente, belíssimas peças jurídicas, legais e regimentais.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: A sua homenagem é muito justa e apropriada.

 

O Sr. Pedro Américo Leal: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero lembrar que o ex-Vereador Paulo Sant’Ana foi também um diligente policial, era inspetor em Tapes durante o período que antecedeu a toda essa história.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Seu aparte é muito apropriado, porque pega uma outra faceta da trajetória desse cidadão que, de forma adequada, o Ver. João Dib propõe que receba o título, e alguém que superou as suas dificuldades iniciais, inclusive de ordem intelectual, e hoje é alguém que tem um texto importante, que é lido por milhões de pessoas diariamente. Mais um aparte ao Vereador.

 

O Sr. Pedro Américo Leal: E onde ele leu muito, lá em Tapes, e absorveu uma cultura muito grande, que veio dar vazão à sua veia jornalística.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Ver. João Dib, V. Ex.ª fala em pareceres belíssimos do ex-Vereador Paulo Sant’Ana, eu diria que se ele ainda fosse Vereador, é uma brincadeira, e fizesse um parecer, a Bancada do PT não teria apenas dois membros numa comissão de quatorze, ele colocaria três ou quatro . Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sr.ªs Vereadoras, todos que nos assistem aqui e nas suas casas, no dia de hoje existem diversos Projetos que merecem a nossa menção por entendermos de grande valor; alguns já tratados aqui, e que por serem diversos, vamos tratar de forma rápida. Primeiro, queria também me somar àqueles que parabenizam o Ver. João Antonio Dib pelo seu Projeto, concedendo o Título de Cidadão de Porto Alegre ao nosso grande Paulo Sant’Ana, pessoa de todos conhecida, ex-Vereador, jornalista e grande pessoa desta Cidade. Também creio muito importante a Comenda Pedro Weingärtner concedida a Danúbio Villamil Gonçalves - através de um Projeto do Ver. Dr. Goulart -, grande artista, que merecia já ter sido agraciado e honrado com um título desses.

O terceiro Projeto ao qual queria me referir, da Ver.ª Maria Celeste, instituindo em Porto Alegre a Semana Municipal de Luta contra a Violência e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Pode parecer, às vezes, que esse tipo de semanas comemorativas sejam secundárias, sem importância. Mas nós mesmos, nesta Casa, nos defrontamos com grandes debates acerca do problema da criança e do adolescente, a própria questão da redução da idade penal, e creio que uma semana como essa propiciará uma grande discussão e o amadurecimento dessas questões. Eu, como funcionário licenciado hoje do Ministério Público Estadual, tomava conhecimento de fatos escabrosos existentes, grande parte dessa violência contra a criança, contra o adolescente se dá em âmbito familiar, e, muitas vezes, é entendida por alguns como um problema interno da família, mas que realmente tem um caráter público, e é preciso que essas questões sejam tratadas, e me parece que essa semana propiciará isso.

Há a questão do trabalho infantil, que é outra forma de violência. Há poucos anos, chegava-se a quase dez milhões de crianças trabalhando no nosso País, e metade disso entre cinco e onze anos de idade. Hoje, isso se reduziu um pouco, conta-se em torno de sete milhões de crianças trabalhando, e boa parte dessas são envolvidas ou vítimas da prostituição infantil e do turismo sexual, quando são ofertadas aos estrangeiros crianças e jovens ainda na sua adolescência. Portanto, essa discussão da questão da criança e do adolescente deve ser uma discussão permanente da sociedade. Creio que a semana propiciará, inclusive, um melhor esclarecimento sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, que, muitas vezes, é visto como “o estatuto da impunidade”, e eu creio que não é isso, e até creio que esse debate poderá esclarecer mais.

 

O Sr. Adeli Sell: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero-me somar a V. Ex.ª com relação ao Projeto da Ver.ª Maria Celeste, em particular nesse destaque que V. Ex.ª dá à questão do turismo sexual, que é a grande mancha do turismo no nosso País, principalmente no Nordeste brasileiro. Que nós possamos aqui marcar, como pretende a Ver.ª Maria Celeste, um combate a esse tipo de exploração. Muito obrigado.

 

O SR. RAUL CARRION: Muito obrigado.

 

O Sr. Pedro Américo Leal: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero-lhe dizer que o ECA incide num grande erro: ele considera o menor desassistido, o menor que não tem assistência social e que precisa de assistência social, ele confunde com o menor mau-caráter, que vai para a criminalidade. Essa é a grande habilidade que o ECA tem de ter: separar essas duas vertentes.

 

O SR. RAUL CARRION: Agradeço a V. Ex.ª pelo aparte. Temos algumas divergências com o Ver. Pedro Américo Leal e cremos que a Semana propiciará esta discussão.

Eu queria dizer, também, que somos favoráveis ao Projeto do Ver. Adeli Sell sobre licenciamento de comércio e prestação de serviço de produtos óticos. Achamos que tanto a questão da prévia licença, como a responsabilidade técnica, como a necessidade do laboratório próprio ou ao menos do laboratório prestador de serviço são questões chaves para evitar o mau uso desse comércio.

Concluo dizendo que tentarei, em uma outra Sessão, tratar do Projeto de autoria do Ver. Beto Moesch sobre a proibição das queimadas no Município de Porto Alegre, proibindo-as salvo exceções permitidas mediante o órgão licenciador. É um projeto correto, justo, que procura defender o nosso meio ambiente. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Nós queremos pedir a compreensão dos Srs. Vereadores, das Lideranças presentes, pois, sendo esta a última Sessão Ordinária do primeiro semestre, nós temos que correr umas pautas extraordinárias para encerrarmos algumas questões pendentes na Casa.

O Sr. Elói Guimarães está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, às vezes fico a me indagar: o que seria se os governantes, principalmente do Estado, Ver. Pedro Américo Leal, tivessem o AI-5 na mão. O que aconteceria? Eu estou recebendo informações, é do conhecimento público todo esse processo persecutório contra os jornalistas, de cujas informações, opiniões, se pode discordar, evidentemente, mas não se lhes pode negar o direito de dizer. O Jornalista Casagrande, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, no ano passado, logo após a CPI, na Assembléia, recebeu um comunicado da PROCERGS de que seriam cancelados os envios da sua correspondência eletrônica, dos seus e-mails, sob a alegação do denominado “spam e-mail”. Ele ingressou em juízo, evidentemente; o Juiz lhe concedeu a liminar e, daquela data a esta, ele vinha trabalhando sob a proteção da liminar. Agora, uma decisão judicial não o beneficia, e, dessa decisão, imediatamente, o jornalista ingressou com recurso.

Então, não estamos diante de uma decisão judicial, nós estamos diante da apresentação da prestação jurisdicional. Acreditamos, não temos dúvidas de que, quando o Tribunal se manifestar, ele se manifestará pela liberdade, principalmente a liberdade de imprensa.

Mas isso é apenas um relatório para nos introduzirmos na questão. Nós todos recebemos e-mails com críticas, xingamentos. Imaginem o seguinte: de repente, proibir-se que se recebam esses materiais.

Eu quero trazer aqui o meu veemente protesto e a minha crítica contundente, porque o que estamos assistindo, no Rio Grande do Sul, Ver. Pedro Américo Leal, é uma perseguição, já manifestada em ato público, nesta semana, na Assembléia Legislativa, reunindo jornalistas, homens de comunicação que estão perdendo os empregos. Esse jornalista está perdendo o emprego! Porque, não podendo, Ver. Juvenal Ferreira, encaminhar vinte e cinco mil e-mails, Ver. Cassiá Carpes, V. Ex.ª que permitiu que este Vereador utilizasse a Liderança, ele, que depende dessa atividade, está desempregado. Quem vai pagar as suas contas?

Então, essa ação de perseguição deste Governo traz-nos à mente o seguinte: imaginem se tivessem o AI-5 nas mãos, o que fariam! Só que não me consta que tenham feito revolução para ter o AI-5, ou ter instrumento excepcional. Não fizeram! Então, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, fica aqui a nossa manifestação de solidariedade ao jornalista, desempregado, porque não podendo encaminhar o seu material eletrônico aos seus assinantes, estará desempregado, quando se sabe que, quando o assinante não quer, ele pode simplesmente pedir o cancelamento. Mas a PROCERGS, logo após a CPI que se deu na Assembléia Legislativa, esse verdadeiro escândalo, que continua: estão depondo, tem uma agência do companheiro, que vendia passagens sem concorrência... Como se isso não bastasse, persegue-se o direito de dizer. Nós já firmamos - a democracia, a civilização já afirmaram - o princípio do direito de dizer, mesmo que com ele discordemos. Então, quero trazer a minha manifestação de solidariedade ao jornalista Casagrande, que está impedido de dizer o que pensa, que está impedido no direito de dizer o que pensa. Então, mudou-se a maneira de ver as coisas. Imagine, Ver. Pedro Américo Leal, essa gente com o AI-5 na mão! Imagine V. Ex.ª! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, “Porto Alegre é demais”, este é o título do artigo escrito ontem, no Jornal do Comércio, pelo ilustre economista André Burges. Quero que este artigo fique nos Anais da Casa, por isso vou lê-lo. (Lê.): “Os porto-alegrenses têm-se orgulhado de sua Cidade. À parte um bairrismo natural, temo-nos anestesiado com estatísticas e índices de qualidade de vida que colocariam nossa Cidade entre as melhores capitais brasileiras. Contudo, considerar que a situação de Porto Alegre é exemplar está longe da verdade e afronta o bom senso e a memória dos seus cidadãos. Porto Alegre, desde o início do século...” - do século passado, não deste - “... supera outras capitais brasileiras em vários indicadores: saneamento básico, ruas pavimentadas, água encanada, baixa mortalidade infantil, analfabetismo, leitos hospitalares, áreas verdes e tantas outras estatísticas anteriores ao PT como alcaide, que hoje são alardeadas como grande diferencial.”

Eu fui Prefeito por dez anos, e Porto Alegre foi escolhida três vezes como a Capital de melhor qualidade de vida; antes de mim, no Governo do Collares, foi escolhida três vezes; antes de Collares, no Governo Villela, foi escolhida seis vezes; no Governo do PT, em quatorze anos, Porto Alegre foi escolhida apenas duas vezes. Mas a publicidade é muito grande.

“Ao visitarmos o Centro da capital gaúcha, podemos até pensar que o discurso oficial refere-se a outra cidade, existente apenas na propaganda da Prefeitura - o programa Cidade Viva. Pois, no todo, de um lado, vemos o sucateamento dos bens públicos municipais e o aumento do número de indigentes e casebres irregulares. De outro, temos um trânsito cada vez mais lento, pois poucas são as obras viárias concluídas. A constituição da EPTC criou uma fúria arrecadadora, através de multas copiosamente expedidas, sem contrapartida num trânsito mais ordenado. Ao contrário, alguns cruzamentos mais se assemelham à própria definição do caos. É conhecida, em todo o meio da construção civil, a via crucis, que é construir em Porto Alegre, tal o volume de exigências, quando, muitas vezes, ao lado, o poder público é conivente com a montagem de casebres, ou mesmo, fere, propositalmente, as regulamentações municipais, quando se trata de fazer habitações populares - vide Vila Lupicínio Rodrigues, vide Vila Planetário. Esses regulamentos, em princípio, têm o objetivo de definir padrões construtivos de segurança, conforto e habitabilidade e que deveriam valer para todos. Aparentemente é como se as famílias que vivem nessas casas populares fossem pessoas de outra espécie para as quais os padrões estabelecidos não precisassem ser cumpridos. Ou, na verdade, são apenas entraves burocráticos, que, então, ninguém deveria obedecer. Apesar do desemprego, a Administração municipal pouco se importa que a construção civil seja das atividades que mais absorvem mão-de-obra.

Mesma direção tem a intransigente e retrógrada posição de sucessivos administradores municipais contra o comércio aos domingos, que poderia ser o caminho para revitalizar partes moribundas da Cidade. Outra face vergonhosa desta Cidade, que pretende ser exemplo de qualidade de vida, são os altos impostos, ainda que já faça alguns anos que o orçamento municipal seja superavitário, superavitário! Ora, se a soma dos gastos é inferior à soma da arrecadação da Prefeitura, ou se está tributando em demasia ou se está gastando pouco em serviços e bens públicos - está tudo no sistema bancário, aplicado, rendendo juros.

A aceitação da situação atual representa uma perspectiva muito restrita e pobre do que almejamos para a nossa Cidade e, por conseguinte, para nós mesmos. Tal atitude apenas nos leva à complacência com administradores públicos pouco eficientes, mas bons marqueteiros. Surge a questão: se o que temos é tão bom, por que a Prefeitura gasta tanto em propaganda? A continuar a exaltação do pouco realizado, breve o nosso famoso pôr-do-sol será uma conquista do Orçamento Participativo e das gestões petistas na prefeitura.”

Esse é o PT da Cidade Viva, a Cidade que tem imensos problemas e muito dinheiro no sistema bancário, aplicado, rendendo juros, mas não é isso que deve ser feito com o dinheiro arrecadado do povo de Porto Alegre, de forma, às vezes, furiosa! Saúde e paz! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para uma Comunicação de Líder pelo PC do B.

 

O SR. RAUL CARRION: Sr. Ver. Paulo Brum, que dirige os trabalhos, demais Vereadores, Vereadoras e todos os que nos assistem aqui e também nas suas casas. Neste tempo de Liderança do PC do B, quero dizer da minha surpresa e decepção com o que ocorreu na Sessão de quarta-feira, quando da votação do Projeto de Lei Complementar n.º 020/01, de minha autoria. Esse Projeto foi protocolado há praticamente um ano, em agosto de 2001, e buscava regulamentar o transporte de valores em grandes centros comerciais, instituições financeiras, ou de fomento, casas, lojas comerciais, ou hipermercados, com mais de mil metros quadrados, e mesmo em locais onde existissem grandes eventos culturais ou esportivos.

Qual o objetivo do Projeto para esta Cidade? Proibir que o transporte de malotes de valores, com armas embaladas, carabinas 12, com cano serrado, fosse realizado no meio dos shopping centers, nos bancos, onde os usuários estão, nas áreas de alimentação dos shopping centers. Qual a sua motivação? Coibir situações de grande risco aos freqüentadores desses locais, pois o transporte de valores é um atrativo, um chamariz para os assaltos. Assaltos à mão armada, que se vêm repetindo, cada vez mais, nesta Cidade e arredores.

A inspiração deste Projeto, Ver. Pedro Américo Leal, foi um assalto no dia 16 de agosto de 2001 num shopping center desta Cidade, quando a Proforte, transportando valores nesse shopping center, às 16h, nas proximidades da praça de alimentação, sofreu um assalto. Quatro pessoas ficaram feridas por balas de armas de fogo e mais uma acidentada ao tentar abrigar-se. Um cliente de quatorze anos ferido na perna; um cliente de sessenta e seis anos, na coxa; um outro tiro atravessou a praça de alimentação e acertou o joelho de um funcionário de vinte e dois anos, e o segurança que levava o malote.

Na semana passada, no domingo, em Caxias do Sul, dois seguranças foram mortos; de um, inclusive, foi feito o transplante de órgãos devido à morte cerebral.

Esse Projeto teve parecer favorável da Procuradoria da Casa, e teve parecer favorável de quatro Comissões, foi discutido pessoalmente, praticamente com a totalidade dos Vereadores. Eu tive a preocupação de consultar se havia algum óbice, ninguém se manifestou, com exceção dos Vereadores João Antonio Dib e Antonio Hohlfeldt, que havia votado contrariamente. Nenhum Vereador solicitou adiamento. Com diversos Vereadores eu falei, que manifestaram a sua concordância com o Projeto, mas surpreendentemente, porque não havia oposição ao Projeto, foi-me pedido ainda para não encaminhá-lo, para não discutir o Projeto, para agilizar o processo; e o Projeto foi vitorioso por onze votos a oito, mas não alcançou os dezessete votos que eram necessários, porque era um Projeto que exigia maioria absoluta. Aí vi Vereadores que aqui defendem a segurança da Cidade se absterem ou votarem contra.

Então, realmente, a quem tentaram derrotar? A este Vereador? Eu queria dizer que a este Vereador não derrotaram! Derrotaram à cidade de Porto Alegre, e o que é pior, colocaram a Câmara num caminho perigoso: não votar mais o Projeto pelo seu conteúdo, mas, quem sabe, para derrotar tal ou qual Vereador e, assim, derrotaram a Cidade. Este Vereador continuará votando, independente da origem do Projeto, do conteúdo do Projeto, e continuará combatendo o neoliberalismo desta Casa, votando com a sua consciência, mesmo que, por causa disso, projetos necessários para a Cidade venham a ser derrotados.

Quero dizer que encerro este semestre com uma grande decepção com esta Casa e com a oposição nesta Casa que, em bloco, votou contra ou se absteve em relação ao Projeto que beneficiava a Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): A Mesa apregoa o pedido de renovação de votação do PLCL n.º 020/01, de autoria do Ver. Marcelo Danéris. Embora esse pedido de renovação de votação estar sobrestado, dependemos do parecer da Procuradoria e da Comissão de Constituição e Justiça, já que esse Projeto não alcançou o quórum de dezessete votos, que é a maioria absoluta, tendo apenas oito votos para a sua aprovação. Estamos apregoando o pedido de renovação de votação, mas dependemos do Parecer da Procuradoria e, possivelmente, também, da Comissão de Constituição e Justiça.

O Ver. Fernando Záchia está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. FERNANDO ZÁCHIA: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, este Vereador tem sido sempre, ao longo dos seus mandatos, um dos defensores para que predomine o entendimento entre Poderes Legislativo e Executivo. A valorização do Poder Legislativo pelo Poder Executivo é importante para que possamos desenvolver os nossos mandatos.

Esta Câmara, no ano passado, votou, por iniciativa deste Vereador, uma homenagem, que foi solicitada por funcionários municipais, mais específico, da SMAM, para que pudéssemos homenagear um ex-servidor público municipal, exemplar para os seus colegas, com a denominação de uma praça na cidade de Porto Alegre, porque ele era um engenheiro florestal, profundo conhecedor da vegetação nativa, Antônio Luiz Rosso. A solicitação veio lá dos funcionários municipais, que tinham feito essa solicitação a um ex-Vereador da Câmara vinculado a essa área, do Partido dos Trabalhadores, e não tinha sido atendida. Prontamente, encontramos a praça, aprovada por unanimidade por esta Casa, sancionada pelo Sr. Prefeito, em 10 de dezembro de 2001.

Sim, mas, qual a estranheza, qual o porquê este Vereador, no início da sua manifestação, faz relação da falta de entendimento, da pouca valorização da Câmara Municipal por parte do Executivo? Porque é praxe, eu mesmo, ao longo dos meus mandatos, sempre que houve inaugurações de ruas ou de praças, quando a iniciativa era deste Vereador, sempre era convidado pelo Prefeito Tarso Genro, pelo Prefeito Raul Pont. E, chegando lá, a Câmara fazia parte e faz parte desse processo, era saudada, anunciada a sua presença. Até, quando os Vereadores queriam falar - e, no meu caso específico, quis falar –, sempre foi permitida a fala, participação efetiva, porque estava sendo levada ali a Câmara Municipal, o instrumento que aprovou a denominação. A estranheza é que, agora, no dia 22 de junho, a praça foi inaugurada! Foi lá a SMAM, não sei se o Prefeito foi. Mas, oficialmente, era uma praça que, quando foi votada, estavam iniciando as obras da sua benfeitoria, que foram concluídas agora. Foi feito um bom palanque, uma boa movimentação – é próximo de eleição, talvez, seja isso, não sei – mas a Câmara não foi nem avisada! A Câmara sequer foi comunicada! O Vereador, autor, sequer ficou sabendo, a não ser quando um familiar do homenageado, no sábado à tarde, me ligou estranhando: “Mas, Vereador, o senhor não foi na homenagem ao nosso familiar?” E eu disse: “Mas, que homenagem?” Este Vereador teve o cuidado de saber se a Câmara Municipal sabia dessa inauguração, e esta não sabia de nada, a Câmara não ficou sabendo de absolutamente nada! Não foi comunicada em nenhum momento! Este Vereador sequer foi avisado! É assim que é tratada a Câmara Municipal pelo Executivo Municipal! A Prefeitura trata a Câmara com o mais absoluto desprezo, com a maior ingratidão, não sabe valorizar a relação dos dois Poderes.

A Prefeitura tem de saber, o seu Prefeito tem de saber, o seu Secretário Municipal tem de saber - e até estranho, porque o Prefeito atual foi Vereador por dois mandatos -, que a Câmara Municipal compõe o processo de construção de uma sociedade. O Sr. Prefeito Municipal tem de saber da importância da Câmara nas ações junto à sociedade.

Palanque, para chegar lá e fazer um discurso, dizendo que a Prefeitura estava denominando... É mentira! Quem denominou foi a Câmara Municipal. A Prefeitura pode e dever ir lá dizer que ela está construindo um espaço de lazer para a sociedade; mas não envolvam os familiares, não envolvam os amigos, e não digam a eles que a homenagem ao Luiz Antônio era da Prefeitura! A homenagem foi da Câmara, a homenagem foi dos trinta e três Vereadores que votaram, por unanimidade.

Quero deixar aqui registrado, Sr. Presidente, principalmente ao Líder do Partido dos Trabalhadores, Ver. Marcelo Danéris, que nós nos esforçamos, queremos construir um entendimento com o Executivo, nós sabemos que ações importantes à sociedade de Porto Alegre têm, evidentemente, de ter a participação do Legislativo, mas, às vezes, fica muito difícil, quando um Executivo, mais uma vez, desvaloriza, desprestigia, desconsidera o Legislativo. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras, Srs. Vereadores, queria trazer a esta tribuna três preocupações referentes a gravíssimos problemas que vive o nosso País, sobre os quais a imprensa tem levantado dados que são impressionantes.

Primeiro, eu quero me referir aos dados, inclusive oficiais, apresentados pela Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, onde demonstra que há um crescimento da mortalidade infantil no Estado. Essa questão da mortalidade infantil no Brasil, que é uma questão muito séria, tem sido enfrentada através de procedimentos muito simples, onde os governos e a sociedade civil se organizam, através de ações de educação para a saúde, o que tem minimizado essa situação. O fato de um Estado como o Rio Grande do Sul, onde os Governos do Estado e do Município fazem os seus marketings políticos falando da qualidade de vida do nosso Estado, é realmente muito preocupante, porque as condições objetivas da nossa população nos permitem uma diminuição dos índices de mortalidade materna.

Aconteceu, portanto, uma omissão objetiva do Governo, aconteceu um atraso, já denunciado amplamente pela imprensa, nos repasses dos recursos da saúde para os Municípios. Há, evidentemente, uma enorme prepotência da gestão do Estado nessa área, que não coordena as ações integradas com as ONGs, com a sociedade civil, com as entidades da área da saúde, o que, evidentemente, se tivessem sido feitas, seriam os caminhos eficazes na luta contra a diminuição da mortalidade infantil.

Porto Alegre, por um Projeto de Lei, que virou Lei, de nossa autoria, criou o Comitê de Prevenção à Mortalidade Materna em Porto Alegre, um instrumento fundamental, com levantamento de dados das causas da mortalidade materna no nosso Município. Portanto, cabe, nesta Casa, através das suas Comissões Técnicas, da ação dos seus Parlamentares, uma investigação mais profunda, porque Porto Alegre está longe de ser o Estado mais pobre do Brasil, e as crianças morrem mais do que efetivamente deveriam morrer se o Estado tivesse uma ação eficaz na área da saúde.

A segunda questão é um tema que motivou um artigo da Socióloga Lícia Peres, no jornal Zero Hora desta semana, intitulado “O Mapa da Vergonha”. É um artigo que se refere ao mercado de sexo no mundo, onde o Brasil aparece como um País exportador de tráfico de pessoas. Recordo-me que representei esta Casa, em uma reunião na Assembléia Legislativa, numa CPI que trabalhava a questão do roubo de cargas, onde exigimos que essa questão do tráfico humano fosse uma linha de investigação daquela CPI. Acho que essa questão do tráfico humano, e a denúncia de que o Estado do Rio Grande do Sul é um dos Estados onde acontece essa rota, coloca o nosso Estado na rota da vergonha. E nós, enquanto Parlamentares da Capital, temos de voltar a ter uma ação efetiva, cobrando do Poder Público a sua responsabilidade para o fim do tráfico humano no nosso Estado. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, gostaríamos de enfocar um assunto muito sério, com grandes repercussões para o nosso País, que já vive um clima de instabilidade econômica muito grande. Mas, antes de tratarmos deste assunto, gostaríamos, apenas, de manifestar, em nome da Bancada do PDT, a nossa inconformidade, o nosso descontentamento e a nossa tristeza em ver – e não vi, aqui, nenhum partido da vertente de esquerda – que nenhum partido fez qualquer manifestação, condenando o aumento, novamente, do pedágio nas estradas estaduais em nosso Estado. Quando da campanha eleitoral do Governo atual, era sempre referido o Governador que representava o pedágio. O pedágio aumentou mais de 100%, e um novo aumento começará pelos próximos dias. Quem anda pelas estradas “pedagiadas” estaduais sabe disso. Embora reconhecendo que o pedágio é um instrumento importante, do ponto de vista de controle, de melhoria e de conservação das estradas, não podemos concordar com esses aumentos abusivos, porque nada, nesses quatro anos, aumentou na proporção do pedágio autorizado pela Secretaria Estadual dos Transportes do Governo atual e pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem – DAER.

Nenhuma palavra; um silêncio completo. E até se queixam da mídia. A mídia pouco falou sobre esse assunto, pouco condenou esses aumentos abusivos praticados pela Administração estadual.

Mas quero trazer aqui à discussão, à reflexão dos meus colegas Vereadores, o estouro, muito sério, com graves repercussões na economia brasileira, da fraude contábil praticada por uma empresa americana, a WorldCom, com a conivência das empresas de auditoria, as mais sérias. Esta WorldCom, é importante salientar, é a empresa controladora da EMBRATEL. Tudo isso se fez em nome do conservadorismo e do processo de privatização das empresas brasileiras. Tivéssemos nós a estrutura de capital, estaríamos vivendo um clima muito melhor na estrutura das empresas de comunicação do Rio Grande do Sul e em nosso País. Observamos que a ANEEL também está pedindo uma pesquisa sobre a opinião das empresas distribuidoras de energia no Rio Grande do Sul. Infelizmente, eu tenho de registrar - e aqui nunca vi manifestação - que o melhor trabalho, com todas as críticas, apesar da crueldade e da perversidade da terceirização praticada pela Administração petista na CEEE, que esta empresa ainda é a melhor distribuidora. É triste ver o atendimento precário que é dado pelas empresas de energia elétrica privatizadas: a que atende a metade Sul do Estado, a RGE e a outra que atende a fronteira Oeste. Não fazem um investimento, só levam o dinheiro da população; e o silêncio do Governo do Estado é compreensível pelo volume de ICMS que tem retornado para o Governo do Estado, da telefonia e da comunicação. Estamos pagando um preço muito caro.

Há alguns meses, o estouro da Enron na área da energia; esta semana, o estouro da WorldCom, com a conivência das empresas de auditoria. E isso, se nós já vivíamos um clima de dificuldades na economia brasileira, se vivíamos um clima de dificuldades nessa escalada vertiginosa do dólar, qualquer que seja o presidente eleito, a situação é muito grave no nosso País, porque essas empresas têm um domínio, uma presença econômica muito forte. Nós temos de fazer um grande movimento nacional de todas as forças que têm responsabilidade histórica nesse processo, todos os brasileiros patriotas, no sentido de condenar o que está acontecendo em nosso País. Quem sabe uma grande frente, relembrando e resgatando o Getulismo e a história de Getúlio Vargas, que, já na sua Carta-Testamento, denunciava tudo isso que aconteceria através das grandes corporações internacionais. Elas estão estourando através de fraudes, de mecanismos verdadeiramente ilícitos. Observa-se um verdadeiro processo de sucção e de exploração dos brasileiros por empresas internacionais na área da energia e da telecomunicação. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. DR. GOULART: Sr. Presidente, gostaria de fazer uma comunicação muito importante. Nós, que lutamos tanto pelo SUS, recebemos com grata satisfação, e o povo tem que se lisonjear disso, que o Sr. Ministro da Saúde assinou um Decreto fazendo com que a consulta do SUS, que era 2 reais e 50 centavos, passasse para 7 reais e 55 centavos. Não é o ideal ainda, mas foi um grande avanço, várias tabelas foram aumentadas em mais de 150%. Eu acho que esta Câmara fica contente em nome do povo de Porto Alegre que o teto da saúde aumente pelo menos nas consultas. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Informamos ao Ver. Marcelo Danéris que esta Presidência está indeferindo o Requerimento de renovação de votação do PLCL n.º 020/01, tendo em vista a própria orientação da Procuradoria desta Casa.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, eu gostaria de recorrer à CCJ para esta dar o seu parecer.

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Por escrito, Vereador.

O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos acompanha aqui e pela TVCâmara, estamos, hoje, na última Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, a Bancada do Partido dos Trabalhadores gostaria, em primeiro lugar, de despedir-se das Sessões Extraordinárias, nesta Comunicação de Liderança, lembrando a toda a comunidade de Porto Alegre e do nosso Estado que estamos a uma semana do início de uma campanha que pode ser histórica para o nosso País e para o nosso Estado. Estamos frente à possibilidade, Ver. Raul Carrion, de mudar o Brasil, de continuar mudando este Estado, de aprofundar projetos e programas que têm colocado a participação popular, o investimento na saúde, na educação, no transporte, no desenvolvimento, no trabalho e na segurança como primordiais, mais do que qualquer governo já o fez. Mas nós queremos mais, Ver. Pedro Américo Leal, nós queremos começar a transformar também este País, nós queremos dar oportunidade ao povo brasileiro de poder, ele mesmo, decidir para aonde irão os investimentos deste País, que chegam a um Orçamento de quase 3 trilhões de reais. Para aonde vai esse dinheiro, hoje, Ver. Pedro Américo Leal?

Acabamos de ouvir a comunicação do Ver. Dr. Goulart sobre a questão da saúde. Sempre vamos saudar todo investimento na saúde, mas sempre vamos estranhar que apenas nos anos eleitorais, depois de oito anos de Governo Federal, e a uma semana de iniciar a campanha, eles resolvam olhar para as consultas médicas, aí eles resolvem investir, aí eles resolvem controlar a dengue. É pena que alguns Governos só existam ou só façam alguma coisa às vésperas de campanhas eleitorais, e não o façam quotidianamente, com participação popular, com investimento, olhando para quem mais precisa, e não servindo ao interesse de poderosos; distribuindo renda, sim, mas distribuindo renda não a partir do que pensa um único dirigente, mas distribuindo renda porque a participação popular garante essa distribuição, porque a participação da população garante que os investimentos serão feitos de forma clara, transparente e bem distribuída nos principais pontos que interessam ao povo do nosso País, que é constituído por mais de quarenta milhões de pessoas que vivem com menos de um real por dia. Dessas quarenta milhões pessoas, vinte milhões vivem na miséria absoluta.

Nós estamos frente a uma campanha que pode transformar a realidade social deste País. Nós estamos frente a uma campanha que pode alterar os rumos seculares deste País - onde a elite dominante sempre mandou, onde essa oligarquia sempre colocou os governos a trabalharem pelos seus interesses -, que agora poderá ter um governo que altere o seu destino político, democrático e social. Vamos dar uma chance ao Brasil, vamos fazer, nós, com as nossas próprias mãos, a mudança que tanto sonhamos, a mudança em favor da qual tanto lutamos, a mudança para a qual tanto nos dedicamos. Ao longo desses vinte e dois anos de existência, o Partido dos Trabalhadores, junto com a população desse País, de Porto Alegre e do Estado, tem construído mudanças e lutado por transformações; tem lutado pelos direitos dos trabalhadores, pelos direitos dos excluídos, por direitos básicos como a reforma agrária, que hoje alguns tentam criminalizar, mas que todos os países já a fizeram, Ver. Pedro Américo Leal. Para os que são contra o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, nós dizemos: “Façam a reforma agrária e não haverá Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra.” Vamos exigir, primeiro, justiça social e não criminalizar aqueles que lutam pelos seus direitos, aqueles que querem um pedaço de terra para plantar, para produzir e para ajudar a desenvolver este País. Vamos atacar aqueles que jogam contra o nosso País, que não querem o seu desenvolvimento, que querem privilégios, que defendem latifúndios, que defendem concentração de renda, e vamos defender aqueles que querem um pedaço de chão para plantar, para desenvolver e para fazer crescer esta Nação. Estes estão ao lado do Brasil. Vamos mudar este País, vamos dar uma chance ao Brasil. Nós queremos desejar a todos uma boa campanha, e, ao nosso País, uma boa transformação. Boa luta. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Solicito ao Ver. Carlos Alberto Garcia que assuma a Presidência dos trabalhos.

 

O SR. NEREU D'AVILA (Requerimento): Após contato com as principais Lideranças da Casa e Vereadores dos mais diversos Partidos, chegamos ao consenso de que, num primeiro momento, sejam votados os Requerimentos de n.º 122, de autoria da Ver.ª Clênia Maranhão, o de n.º 120, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, Requerimento n.º 117, Requerimento n.º 105 e, depois, na Ordem do Dia, o PLL n.º 078/01, o PR n.º 042/01 e, finalmente, o PLCL n.º 018/01. Esse é o consenso que existe no primeiro momento. Se depois houver tempo e novos se ajustarem, nós requereremos. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Em votação o Requerimento s/n.º, de autoria do Ver. Nereu D’Avila. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com abstenção do Ver. João Antonio Dib.

 

(Obs.: Foram aprovados os Requerimentos constantes na Ata.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 1553/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 078/01, de autoria do Ver. Beto Moesch, que institui o uso obrigatório de cabos ecológicos na rede elétrica do Município e dá outras providências. Com Emendas nºs 01 a 04.

 

Pareceres:

- da  CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;

- da  CUTHAB. Relator Ver. José Fortunati: pela aprovação do Projeto;

- da  COSMAM. Relator Ver. Aldacir Oliboni: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Em discussão o PLL n.º 078/01. (Pausa.) O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra para discutir.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sr.ªs Vereadoras, só para explicar, o combinado era não fazer muita discussão para votar, mas este Projeto do Ver. Beto Moesch é um bom projeto.

Nós, da Bancada do Partido dos Trabalhadores, ajudamos a construí-lo junto com o Ver. Beto Moesch, acertamos uma série de emendas. Quarta-feira, conversei com o Ver. Beto Moesch para que ele fosse votado na sexta-feira, porque era um bom projeto, e é importante que ele entre imediatamente em vigor para aprovarmos.

Mas nós temos uma última Emenda, que o nosso companheiro Vilson, da Assessoria do Executivo está preparando, que o Ver. João Carlos Nedel vai assinar para que possamos aprovar esta Emenda junto com o Projeto do Ver. Beto Moesch, conforme o combinado com o próprio Ver. Beto Moesch, na quarta-feira. O teor da Emenda será explicado pelo Ver. João Carlos Nedel. Bem, é dispensável este pronunciamento, pois o Ver. João Carlos Nedel explicará diretamente ao Ver. Fernando Záchia, que está perguntando sobre a Emenda. Então, Srs. Vereadores, nós queremos construir esta Emenda e aprovar, por unanimidade, o Projeto do Ver. Beto Moesch, que institui os cabos ecológicos na rede elétrica de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Apregoamos a Subemenda n.º 01 à Emenda n.º 04 ao PLL n.º 078/01, de autoria da Ver.ª Clênia Maranhão, que estabelece que “inclua-se no final da redação proposta para o art. 1.º, pela Emenda n.º 04, a seguinte expressão: ‘nas substituições futuras dos cabos hoje existentes’.” Justificativa da tribuna.

Em votação o PLL n.º 078/01 (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

Em votação as Emendas de n.º 01 a 04 e Subemenda n.º 01 à Emenda n.º 04 ao PLL n.º 078/01. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 1972/01 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 042/01, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que altera a Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre). Com Emendas n.ºs 01 e 02. Com Subemenda nº 01 à Emenda nº 02. (alterações referentes a Sessões Ordinárias e reuniões de Comissões Permanentes)

 

Parecer:

- da Comissão Especial. Relator Ver. Nereu D'Avila: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação da Emenda nº 02.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria  absoluta  dos membros  da CMPA - art. 82, § 1º , II da LOM;

- discussão e votação nos termos do art. 126 do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Em discussão o Projeto de Resolução n.º 042/01, de autoria do Ver. Haroldo de Souza. O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra para discutir.

 

O SR. NEREU D'AVILA: Sr. Presidente Carlos Alberto Garcia, Sr. Secretário Paulo Brum, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero discutir rapidamente esta matéria, porque, há longos anos, nós tínhamos essa idéia que agora foi consubstanciada no Projeto do Ver. Haroldo de Souza. Nós até seríamos mais objetivos no sentido de que a Câmara Municipal de Porto Alegre estivesse no mesmo diapasão da Assembléia Legislativa do Estado, que se concentra para Plenário nas terças, quartas e quintas-feiras, isso porque existem comissões importantíssimas - está aí a mídia para testemunhar isso -, tanto da Assembléia quanto da Câmara Municipal.

A Câmara Municipal, nos últimos tempos, tem trazido uma nova dimensão às discussões das Comissões, inclusive com a participação expressiva da comunidade - a mídia também tem registrado isso -, o que faz com que o mecanismo dos Legislativos não seja exclusivo do Plenário, até porque o Plenário decide projetos, fiscalização do Executivo e outras tantas questões importantes, mas as Comissões, inclusive específicas de certas reivindicações da comunidade, tanto na Câmara como na Assembléia, têm um resultado positivo de alta significação, não só para o Parlamento como para a comunidade. Então, não haveria nenhum óbice, por exemplo, em que a Câmara acompanhasse a Assembléia tendo Sessões nas terças, quartas e quintas. Mas a Câmara Municipal de Porto Alegre já tem uma Sessão na segunda-feira, que é importante, a de quarta-feira, que é muito importante, só que, na de sexta-feira, que é exatamente a de hoje, pela circunstância de ela ser uma Sessão de menor tempo de duração, uma Sessão pela manhã, uma Sessão em que também a comunidade participa com Tribuna Popular ou homenagens, que são importantíssimas para a própria comunidade, com a participação da comunidade, fica diminuído substancialmente o tempo da Ordem do Dia. Tanto que são doze horas e trinta e sete minutos e nós recém, há cinco minutos, entramos na Ordem do Dia. Isso não quer dizer que não possamos ficar aqui a tarde toda. Só que não é racional ficarmos a tarde toda, porque todos os Vereadores também têm, junto à comunidade, principalmente nos fins de semana, preocupações da comunidade, visitas à comunidade e reivindicações da comunidade.

Então, por absoluta necessidade de maior celeridade ao processo legislativo, é natural, e amadureceu ao longo do tempo. Tanto que eu cito aqui um grande Vereador, que era contrário e que eu sempre respeitei quando entrei com a proposta, tanto respeitei que retirei a proposta, mas, agora, na maturidade da proposta, se vê que ela pode ser aprovada. Se aprovada a matéria, as Sessões seriam nas segundas, quartas e quintas-feiras. Nas sextas-feiras seriam realizadas reuniões de Comissões e Sessões especiais, de títulos e homenagens. Por exemplo, ontem houve uma Sessão em homenagem aos vinte e cinco anos da Igreja Universal do Reino de Deus, que lotou esta Casa; ela seria transferida para hoje. Inclusive para efeito de comunidade, a comunidade prefere sexta-feira, porque tem mais tempo de comparecer ao Parlamento.

Nós queremos deixar claro que não haverá nenhum prejuízo. Nós tiraremos a Sessão da manhã de sexta-feira, mas esta Casa continuará trabalhando. A comunidade há de testemunhar isso e a imprensa também. Então, aqueles que, maldosamente, ou açodadamente, estão pensando que nós mudaremos a Sessão de sexta para quinta-feira com alguma outra intenção, vão “cair do cavalo”, porque esta Casa sempre primou pelo trabalho, pela presença, pela dignidade no enfrentamento dos problemas de Porto Alegre. Portanto, apenas para a celeridade do processo legislativo, a realização de Sessões Ordinárias nas segundas, quartas e quintas-feiras trará maior benefício, porque na quinta-feira poderemos votar mais processos na Ordem do Dia do que estamos votando hoje, sexta-feira, de manhã. E a sexta-feira estará destinada a Comissões, inclusive a receber as comunidades das Comissões Técnicas, específicas e também as Sessões de homenagens. Portanto, nenhum problema com o trabalho da Câmara. Muito pelo contrário; aumentará a nossa responsabilidade de produzir mais. Ficamos hoje – e é a última Sessão antes do recesso – com mais de noventa projetos sem votar. Seguramente, se já tivéssemos Sessões às quintas-feiras, já teríamos votado metade desses projetos. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Apregoamos a Emenda n.º 01 ao PR n.º 081/02.

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PR n.º 042/01.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, este Projeto é bom, na medida em que ele amplia a capacidade operativa do Plenário, a capacidade operativa da Casa. Senão, vejamos: peguemos as Sessões de segunda-feira e quarta-feira e façamos a medida do labor, do aproveitamento, da produtividade e, de pronto, se terá a resposta. Se examinarmos a Sessão de segunda-feira, no seu volume, e a Sessão de quarta-feira, teremos claramente demonstrado, à saciedade e a toda luz, que sexta-feira perde para os outros dias da semana. Se trouxermos para quinta-feira a Sessão Ordinária de sexta-feira, nós faremos a igualização: segundas, quartas e quintas-feiras.

Então, trata-se de um bom Projeto; as Comissões virão para as sextas-feiras e as Sessões Solenes, especiais e atos para as sextas-feiras. Não se trata de ter prejuízo, antes pelo contrário; trata-se de termos ganhos, de dar mais força, mais poder de fogo ao nosso Plenário, enfim, às atividades da Câmara. Então, neste sentido, a matéria passa a ser uma matéria quase que pacífica. As resistências possíveis parecem que não existem mais, na medida em que estamos percebendo que este é o melhor caminho.

Evidentemente, estou aqui para defender a aprovação do Projeto. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra para discutir o PR n.º 042/01.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, infelizmente não comungo com a idéia do Ver. Nereu D’Avila, de fazer a transferência ou a antecipação da Sessão para quinta-feira, porque prevejo uma sexta-feira de manhã melancólica. É bom para mim, mas eu não acho prudente para a Câmara. A Assembléia tem ensaiado essas mudanças, essas inovações, e dos tempos em que fui Deputado para cá, quase não há mais Sessões. Temo por essa antecipação da Sessão com a possibilidade de, na sexta-feira, utilizarmos o trabalho das Comissões, no ensejo de fazermos solenidades com mais calma e mais significação. Eu não acredito nisso! Acho que essa possibilidade de fazermos as Sessões nas segundas, quartas e sextas-feiras, é consagrada por esta Casa, foi uma idéia excepcional. Não fui eu que tive essa idéia. Cheguei aqui e encontrei isso; achei tão boa essa idéia que nunca pretendi modificá-la. Quero dizer ao Ver. Nereu D’Avila que não vou comungar com a inovação; eu temo muito pela Câmara. Acho que a Câmara vem numa cadência de trabalho significativa, muito boa e tendo muito bem aproveitado o tempo, porque nós fazemos as Sessões nas segundas, nas quartas e nas sextas-feiras. A única coisa que tenho a lamentar, e isso sempre lamentei, é a Tribuna Popular, que é algo que acho não deveria existir. Deixo que o Plenário se manifeste à vontade, porque sou democrata, embora quase todos duvidem disso, tanto que eu estou discutindo incessantemente o Estado Democrático de Direito com o auxílio do Vereador-Presidente da Comissão de Justiça, jurista renomado.

Voltando ao assunto, temo muito por essa inovação, pois as sextas-feiras não vão ser melancólicas sem Sessões e a Câmara vai-se desprestigiar sem precisar fazê-lo. De qualquer maneira, não sou conservador. Eu sou até um homem de idéias estrepitantes e posso lhes dizer isso: eu tenho pago politicamente de uma forma muito acirrada por essa maneira que eu tenho, individualista, de ser. Reconheço. Não sou um homem que observe a idéia de coletividade; sou de comando individualista e confesso com desembaraço que temo por essa providência que a Câmara vai adotar e aviso aos Senhores. Sou contra, porque a Câmara pode se banalizar, entrar para uma seqüência de sextas-feiras completamente inúteis, melancólicas, despidas de Vereadores no Plenário.

Perguntem-me se estou interessado nisso, eu estou, eu sou humano, porque poderei atender outras atividades, poderei atender ao próprio eleitor, poderei sair daqui, poderei só voltar na segunda-feira, mas eu temo muito pela inovação. E V. Ex.ªs, do PT, atentem: vão votar errado. Muito obrigado.

 

(Revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Encerrada a discussão. Em votação o PR n.º 042/01. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, por unanimidade.

Em votação as Emendas n.º 01 e n.º 02 ao PR n.º 042/02 (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS, por unanimidade.

Em votação a Subemenda n.º 01 à Emenda n.º 02. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3285/01 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 018/01, de autoria do Ver. Adeli Sell, que altera a Lei Complementar n.º 12, de 7 de janeiro de 1975, e alterações posteriores, que institui posturas para o Município de Porto Alegre e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da  CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;

- da  CEFOR. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;

- da  CUTHAB. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;

- da  CECE. Relatora Ver.ª Maria Celeste: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01.

 

Observação:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,

§ 1º, I, da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Em discussão o PLCL n.º 018/01. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, é uma Emenda que está sendo votada?

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Não. Está sendo votado o Projeto de Lei do Ver. Adeli Sell.

Em votação a Emenda n.º 01 aposta ao PLCL n.º 018/01. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA por unanimidade.

 

VOTAÇÃO NOMINAL

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05minutos/sem aparte)

 

1º TURNO

 

PROC. 1962/00 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 006/00, de autoria da Ver.ª Helena Bonumá, que inclui parágrafo único no artigo 75 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre. (matéria ECA/CMDCA)

 

Parecer:

- da Comissão Especial: Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA, em ambos os turnos - art. 130 do Regimento da CMPA;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Em votação nominal, em primeiro turno, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica n.º 006/00.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Solicito a liberação dos terminais para verificação de quórum. (Pausa.) Não há quórum.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 12h52min.)

 

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